A pandemia causada pela Covid-19 trouxe diversos impactos em todos os setores comerciais. Um segmento fortemente atingido foi o e-commerce. Com o isolamento social, a modalidade de se fazer compras foi obrigada a migrar para o digital, fazendo com que a forma de consumo se transformasse cada vez mais. Ao menos é o que aponta uma pesquisa divulgada pela Mastercard SpendingPulse, mostrando que o e-commerce obteve uma alta de 75% em 2020 quando comparado ao ano de 2019.
Com esse crescimento, as entregas também aumentaram significativamente, acompanhando a transformação digital do consumo. Entretanto, se por um lado as entregas subiram, por outro a preocupação com o grande número de plásticos usados para isso preocupa a sociedade.
Sendo o Brasil o quarto país que mais produz lixo plástico do mundo, na pandemia isso tem se intensificado ainda mais. De acordo com o relatório Atlas do Plástico publicado pela fundação alemã Heinrich Böll, o aumento do consumo do plástico na pandemia chamou a atenção. A ABRELPE, a associação brasileira de empresas de limpeza pública e resíduos especiais, divulgou que somente no período de pandemia foi registrado um aumento de 25% a 30% na coleta de materiais recicláveis até o momento.
Em contrapartida, levando em consideração que os consumidores brasileiros dão preferência para empresas com compromisso socioambiental, segundo matéria da Época Negócios, diversas organizações estão buscando diminuir o consumo e produção de plástico em seus produtos e entregas, o que traz uma fidelização ainda maior por parte dos clientes.
Responsabilidade Social: por que as empresas devem adotar práticas sustentáveis?
De acordo Priscila Rachadel, CEO da Mag Embalagens, uma indústria de caixas de papelão especializada em e-commerce, sediada em Santa Catarina, a embalagem que transporta o produto até a casa do cliente é o primeiro contato do consumidor com a marca após a compra.
“É ali que o lojista já tem sua primeira oportunidade de explorar uma experiência sensorial completa, colocando a marca de forma positiva na memória do consumidor, estimulando uma relação duradoura. Costumamos falar que a caixa que transporta é como a fachada da loja física onde se dá uma boa impressão”, conta.
Segundo o engenheiro e fundador da Mag Embalagens, Filipe Magnani, nos períodos de pico da pandemia, a alta na procura por caixas de papelão no mercado interno somada ao aquecimento das exportações e também a escassez de aparas, sucata usada na produção de papelão reciclado, fizeram do período um dos mais desafiadores da década. “De um lado inúmeros negócios buscando embalagens de papelão para transportar com consciência e segurança no novo modelo de consumo. Do outro, com um cenário delicado de falta de aparas, sucatas de papelão que são usados na produção do papelão reciclado” comenta.
“A gestão sustentável traz diversos benefícios para qualquer negócio, como a diminuição de riscos de acidentes ecológicos e melhoria na administração dos recursos energéticos, materiais e humanos. Tudo isso gera uma repercussão direta nas contas, com um efeito positivo em despesas como água e luz”, afirma Priscila.
Para a empresária, as empresas brasileiras devem levar em conta que o consumidor está cada dia mais consciente, e que deve responsabilizá-las por seu impacto ambiental.
“Tudo muda quando uma empresa se torna socialmente responsável. Há uma melhora expressiva na reputação da marca, que ganha credibilidade. Consequência natural, logo se percebe o aumento do engajamento e atração de investidores”, destaca.
Na cadeia de fornecedores de marcas conscientes atentas à importância de embalagens conscientes estão as embalagens de papelão reciclado e 100% recicláveis, aquelas produzidas a partir de papelão que já foi sucata e ganhou uma nova oportunidade tornando-se um produto fruto de uma economia circular.
Caroline Mair, da empresa Mair Velas comenta que “a escolha da matéria prima é de suma importância, mas além disso, as embalagens devem ser cuidadosamente escolhidas. Nós, por exemplo, trocamos o plástico bolha pelo biodegradável, que desintegra em até 3 anos”.
“Nossos consumidores transportam nas embalagens de papelão que já foi sucata com alívio pois sabem que juntos estamos fazendo uma contribuição, transformando um recurso que já está no mercado, tido por muitos como ‘lixo’ em embalagens afetivas e sustentáveis, com baixo impacto”, finaliza Priscila.
Para mais informações, basta acessar: https://magnaniembalagens.com.br/blog
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