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Startup de Campinas-SP quer entregar 60 mil testes da Covid-19 em 3 meses para todo Brasil

por admin

Desde o início da pandemia causada pelo novo coronavírus (Covid-19) países de todo o mundo têm enfrentado inúmeros desafios na obtenção de dados para ajudar no controle da disseminação da doença. 

No Brasil, que ainda segue em curva ascendente de transmissão, a subnotificação de casos é um dos principais gargalos que contribuem para o avanço da taxa de contaminação. 

Somadas a este cenário, estão a ineficiência do acompanhamento do percentual de casos assintomáticos e a percepção atrasada sobre a real letalidade da doença no país. Sem a obtenção de dados robustos, fica mais difícil localizar os infectados, isolá-los e, assim, frear avanço da pandemia. 

A experiência internacional mostra que países que estão realizando um maior número de testes para identificar casos de Covid-19 têm apresentado mais êxito no combate à doença.

Isso porque dados sobre testagem ajudam a subsidiar o planejamento de estratégias sanitárias, além de fundamentarem decisões sobre flexibilização de medidas de isolamento social.

Se testar é fundamental, porque o Brasil não consegue?

A OMS (Organização Mundial da Saúde) recomenda que os países observem alguns critérios fundamentais antes de tomarem medidas como o relaxamento da quarentena. 

Entre eles, está a adoção de estratégias conhecidas como TTT (Test, Track and Trace), que são orientadas por testar a população, monitorar os doentes e rastrear os contatos sociais que o infectado teve antes de ser diagnosticado.

Contudo, desde o início da pandemia, o Ministério da Saúde brasileiro não consegue apontar informações precisas quanto às estratégias de testagem massivas adotadas até o momento. 

Uma das dificuldades é a consolidação dos dados de exames que são realizados nos laboratórios públicos e particulares. Atualmente, somente os testes positivos feitos na rede privada entram no boletim oficial diário de estatísticas divulgado pela órgão. 

Outro agravante para o conhecimento do alcance da epidemia é que na rede pública de saúde (SUS), os testes para a Covid-19 são feitos apenas em pacientes internados. 

Além disso, a regra de aplicação dos exames distribuídos pelo Ministério da Saúde prioriza a testagem em profissionais da área de saúde e agentes públicos de segurança.

Diminuir a fila para a análise dos resultados ainda é uma preocupação brasileira. No começo da pandemia, menos de 30 laboratórios, entre eles três de referência – Instituto Adolfo Lutz (SP), Evandro Chagas (PR) e Instituto Oswaldo Cruz (RJ) – recebiam as amostras, complicando o andamento dos resultados. 

Medidas para a ampliação desses locais foram tomadas mais à frente, quando vários outros laboratórios e universidades estaduais foram sendo capacitados para ampliar a vazão das testagens. 

Quais as alternativas para a testagem da Covid-19 em massa?

A complexidade em operacionalizar um modelo de testagem na rede pública abre caminhos para que inovações aconteçam.

Nos últimos meses, novas formas de testar para a Covid-19 estão se popularizando com o objetivo de tornar mais acessíveis as opções de testes entre as pessoas que desejam fazê-los de forma particular.

Essa nova onda trouxe à tona laboratórios que estão apresentando tecnologias inovadoras de coleta e análise. Aliado a isso, estão os laboratórios tradicionais, já renomados no mercado, que estão ampliando sua capacidade de atendimento para suprir a crescente demanda.   

E, para conectar essas todas essas pontas, foi criada a Super Exames (www.superexames.com.br ), uma startup com sede em Campinas-SP, que opera como um marketplace entre laboratórios e público em geral. 

A ideia da plataforma é aumentar a exposição da oferta de exames no mercado, diminuindo a distância entre laboratórios regionais e seu público.

“Nosso objetivo é vender até 60 mil testes nos próximos 3 meses e ajudar na massificação da testagem. Para isso, a Super Exames está criando uma ponte entre os melhores laboratórios do mundo e as pessoas que desejam ser testadas para oferecer segurança à sua família e ao seu negócio”, comenta Felipe Serrano Vieira, idealizador da startup. 

Como a Super Exames funciona?

Para dar ritmo às demandas, o diferencial da operação da empresa está em tornar todo o processo de acesso, escolha, coleta e resultado dos exames mais rápido. Para isso, a plataforma presta um serviço completo em apenas 5 passos:

  1. Acesso ao exame desejado; 
  2. Definição da data de coleta da amostra; 
  3. Confirmação do pedido por meio de e-mail ou SMS; 
  4. Coleta da amostra, que pode ser feita a domicílio ou nos laboratórios credenciados; 
  5. Recebimento do resultado pela internet.

Os tipos de exames disponíveis são: 

  • Exames RT-PCR: que se baseia na detecção de fragmentos do material genético do vírus e revela se a pessoa está doente no momento da realização do exame. Porém, não detecta contágios passados; 

  • Exames laboratoriais (Sorológico): conhecidos como testes IgG, IgM e IgA são indicados para indivíduos que tiveram (ou suspeitam) a infecção previamente, em um tempo superior a duas semanas. Os testes sorológicos identificam em uma amostra de sangue a presença de anticorpos criados pelo organismo para combater a doença;

  • Exames rápidos (Antígeno): aponta se a pessoa teve ou não contato com o vírus. Pode ser usado como apoio para a avaliação do estado imunológico de pacientes que apresentem sintomas da doença. 

“O objetivo da Super Exames é acelerar o relacionamento entre laboratórios e o público em geral e, assim, empoderar as pessoas na prevenção e diagnóstico da Covid-19”, comenta Serrano. 

O marketplace já está em operação em www.superexames.com.br. Os laboratórios que desejam se credenciar à plataforma, podem fazer contato pelo telefone 19 99107-8056 ou pelo e-mail: [email protected].

É válido lembrar que é a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) é o órgão responsável por avaliar e aprovar o registro de testes para Covid-19 no Brasil. A entidade disponibiliza em seu site a relação de laboratórios credenciados para a consulta pública. 

Iniciativa influencia todo o ecossistema para a inovação

“Ao criar a Super Exames estamos dando vazão a uma demanda por testes que está reprimida hoje. Além disso, ajudamos a fomentar todo um ecossistema formado por laboratórios novos e renomados, que estão engajados em atender um público que não encontra na rede pública a resposta preventiva como auxiliar da proteção”, comenta o fundador da startup.   

Desde o início da pandemia, a OMS recomenda testar toda pessoa suspeita de ter se infectado, mas faltam materiais para testes e a demanda supera capacidade dos laboratórios do mundo todo. “O trabalho que está sendo feito hoje no SUS é, basicamente, o de diagnosticar os prováveis doentes”, pondera.

Segundo ele, para tentar contornar essa ação restritiva, é necessário observar a movimentação do mercado, que está adaptando novas tecnologias e formas de trabalho para otimizar a eficiência e a capacidade da execução dos exames.

“É necessário valorizar, apoiar e acelerar as iniciativas dos empreendedores de laboratórios locais que estão próximo da população em diversas localidades. Eles já possuem todos os requisitos técnicos, operacionais, certificações, tradição e segurança. Muitos deles estão com capacidade ociosa e/ou tem condições para produzir ainda mais, assumindo seu protagonismo social”, avalia Felipe.  

 

Ainda de acordo com Felipe, a inovação dos laboratórios tem se destacado em dois pontos: pelo uso de tecnologias promissoras, que ainda são consideradas novas ou incipientes. “Neste aspecto podemos citar a TestFy, a HiLab e a Varstation (Startup do Einstein)”. 

Já em outra frente, é possível notar um novo posicionamento na abordagem de empresas mais tradicionais. “Neste caso, podemos citar laboratórios como Fleury, Sabin, Franceschi e Voza”, conclui. 

Quem pode fazer os testes? 

O público-alvo da Super Exames é democratizar o acesso aos exames para a Covid-19, seja para demandas pessoais, familiares ou empresariais.

“Nossa missão é encorajar as pessoas de modo geral, sejam aquelas que queiram ficar mais tranquilas no contato com os seus familiares. Principalmente, entre os que estão no grupo de risco”, comenta Felipe. 

Outro ponto foco de atuação da plataforma é atender aos empresários e gestores de empresas que queiram conduzir a retomada de seus negócios de forma mais segura. “A testagem em massa é uma ação eficiente para proteger colaboradores e clientes”, completa. 

Por que é importante testar mais pessoas?

São vários os motivos: 

  • Controle da disseminação da doença: o maior número de testes proporciona uma visão mais clara sobre a quantidade de doentes que existem no país. Inclusive, possibilita encontrar aquelas pessoas sem sintomas. A partir disso, fica mais fácil isolar quem está infectado e buscar as pessoas com quem esse doente esteve; 

  • Impedir complicações causadas pelo vírus: se quem apresentar sintomas leves da doença for testado, é possível acompanhar os casos antes de eles apresentarem problemas mais críticos que venham a necessitar de internação. Atualmente, pela rede pública de saúde brasileira, somente os casos graves são testados; 

  • Descobrir a real taxa de letalidade: a testagem de um maior número de pessoas ajuda a descobrir dentre a quantidade de pessoas que ficam doentes as que morrem por causa da doença. No caso da Covid-19, esse número ainda é desconhecido e tem variado entre cada país, conforme o volume de teste adotado regionalmente;

  • Identificar quem tem anticorpos: testar mais pessoas ajuda a identificar os casos de quem já teve Covid-19 e desenvolveu anticorpos para o vírus. Esse dado pode ajudar a definir como será o isolamento social em algumas regiões, por exemplo. 

Países que se saíram melhor no controle da pandemia tem alta quantidade de testagem

Um dos exemplos mundiais de rastreamento de casos da Covid-19 é a Alemanha, que superou uma média de 500 mil testes do tipo PCR por semana desde o início da pandemia. Para dar vazão, o país credenciou uma vasta rede de laboratórios, grandes e pequenos, o que ajudou a aumentar a capacidade de testagem.

Outro exemplo de sucesso ocorreu na Coreia do Sul, onde o governo reuniu empresas para criar testes diagnósticos para o vírus e facilitou que eles fossem colocados no mercado. Logo, foi possível fazer testes de dentro de carros, no modelo drive-thru e milhares de pessoas começaram a ser testadas diariamente. 

 

O endereço da plataforma Super Exames é www.superexames.com.br

 

Website: http://www.superexames.com.br

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