Dados de um levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI) revelaram que a indústria brasileira tem contribuído de forma efetiva para a redução de emissão de gases nocivos ao meio ambiente e à saúde humana. Segundo o estudo, as operações fabris são responsáveis por apenas 6% da emissão de poluentes no país, graças ao desenvolvimento de tecnologias de ponta e o crescente uso de fontes renováveis para geração de energia em centro de usinagem.
A pesquisa da CNI levou em conta informações sobre os seis setores que mais irradiam gases na indústria, responsáveis por 85% dessa difusão: vidro, cimento, papel e celulose, alumínio, aço e químico. Apesar de o setor industrial responder por 20,4% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, a constatação de uma porcentagem bem mais baixa na participação de emissão de gases foi vista positivamente.
Para efeito comparativo, a média atual de utilização de fontes renováveis para geração de energia elétrica nos 37 países que compõem a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) fica entre 18% e 27%, enquanto, no Brasil, o uso de recursos naturais representa 83% de toda a matriz elétrica. Dados como esses comprovam que a sustentabilidade é cada vez mais levada a sério no plano estratégico da indústria nacional.
Participação de cada setor
Para mostrar como cada segmento vem atuando em prol de um conceito de baixo carbono, a CNI relatou as principais ações que contribuíram com os bons números obtidos pela indústria nacional na redução de emissão de gases nos centros de usinagem.
Alumínio
Buscando cada vez mais produzir alumínio certificado e com baixa presença de carbono, o Brasil é o único país do planeta a ter 100% de sua produção de alumina e alumínio primário certificada pela Aluminium Stewardship Initiative (ASI), organização global que define as normas de sustentabilidade no setor.
Aço
Pioneira na substituição de carvão mineral pelo vegetal como agente redutor do minério de ferro, a indústria de aço tem, hoje, 12% da sua produção obtida a partir desse método, diminuindo, assim, a presença de carbono.
Químico
Com inovações cada vez mais sustentáveis, o setor químico brasileiro reduziu, entre 2006 e 2016, 44% das emissões de gases poluentes nos seus processos industriais. As ações tomadas pelas empresas tornaram o país o maior nas Américas e um dos dez que mais contribuem no mundo com a baixa de óxido nitroso, cujo potencial de efeito estufa chega a 265 vezes mais do que o gás carbônico.
Avanço de tecnologias e maquinário
Aliada direta desses resultados, a evolução de máquinas e o surgimento de tecnologia de ponta é primordial para promover a sustentabilidade no setor industrial. Para que isso ocorra, uma das principais ações está na utilização inteligente e manutenção periódica de maquinário, equilibrando o consumo de energia e evitando desperdício e emissão de gases nocivos em centro de usinagem.
Em meio a essa necessidade e à importância de gerar qualidade na produção nacional, o mercado brasileiro de máquinas e equipamentos industriais teve uma alta de 29% nas vendas em março de 2021 em relação ao mesmo período do ano anterior, com um faturamento de R$ 16,9 bilhões. Desse total, R$ 13,3 bilhões corresponderam à comercialização para empresas nacionais, número 45,1% maior do que no terceiro mês de 2020.
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