Home Mídia Corporativa Estudo investiga adaptação da indústria à era pós-pandemia

Estudo investiga adaptação da indústria à era pós-pandemia

por admin

A pandemia de Covid-19 afetou 210 países e territórios no mundo, segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde) compartilhados pela Dasa Analytics, que divulga gráficos e mapas que mostram o avanço da crise sanitária. Passada a fase mais crítica da pandemia, diversos setores da economia ainda trabalham para se recuperar das consequências que o novo coronavírus (Sars-Cov-2) trouxe para a saúde das pessoas e dos negócios em todo o planeta.

Diante disso, a UFI (Associação Global da Indústria de Exposições) lançou este ano a mais recente pesquisa do Barômetro de Exibições Globais, que avalia o pulso da indústria. Em sua 30ª edição, o estudo revelou que 80% das empresas esperam níveis normais de operações a partir de junho de 2023.

A análise também demonstrou que as receitas dos empreendimentos para este ano devem atingir 94% do nível de 2019 em média e, excluindo a China, acima dos 80% em 2022. Segundo o levantamento, desafios internos de gestão e digitalização são as duas questões mais prementes do setor. O relatório completo inclui perfis dedicados para 21 mercados e regiões, mostrando diferentes velocidades de adaptação à era pós-pandemia.

Além disso, os resultados destacaram o ritmo acelerado da recuperação do setor em 2022 e uma perspectiva positiva para 2023. A proporção de negócios que declararam uma “atividade normal” passou de 30% em janeiro de 2021 para 72% em dezembro de 2022 e, segundo o estudo, deve chegar a 80% em junho de 2023 – o que se aproxima dos níveis pré-pandemia.

Ainda de acordo com a pesquisa da UFI, os níveis mais altos de “atividade normal” para o primeiro semestre deste ano são esperados no Brasil (98%), Turquia e EUA (95%), Reino Unido (90%), Itália e Tailândia (88%) e Espanha e Emirados Árabes Unidos (85%). Na China, apenas 29% esperam atividade normal e 40% reduzida.

Retomada dos eventos empresariais

Outro dado disponibilizado pelo Barômetro diz respeito às perspectivas das empresas com relação à participação em eventos. Dentre os principais pontos, a análise revelou que:

  • 88% das empresas estão confiantes de que “a Covid-19 confirma a importância dos eventos presenciais;
  • 26% (em comparação com 44% e 63% anteriormente) acreditam que haverá “menos eventos internacionais ‘físicos’ e, em geral, menos participantes” (com 5% afirmando “sim, com certeza”, 22% afirmando “provavelmente” e 31% restantes inseguros);
  • 57% (em comparação com 73% e 80% anteriormente) acreditam que há “um impulso para eventos híbridos, mais elementos digitais nos eventos” (com 10% afirmando “sim, com certeza”, 47% afirmando “provavelmente” e 25% permanecem inseguros).
  • 5% (em comparação com 11% e 14% anteriormente) concordam que “os eventos virtuais estão substituindo os eventos físicos”, enquanto 11% não têm certeza e 84% declaram “não tenho certeza” ou “definitivamente não”.

João Mauro, diretor de operações da Casa das Válvulas – empresa que atua com a revenda de equipamentos industriais -, destaca que, passada a pandemia, muitas empresas têm voltado a apostar na presença em feiras, congressos e reuniões de negócios para fomentar o network, além de aproximar relações com prospects e gerar mais visibilidade para seus produtos e serviços.

“Apesar disso, não é incomum que muitas dessas empresas deixem de aproveitar o potencial desses eventos por completo. O investimento nessas redes de negócios são altos e, por isso, é vital que as marcas extraiam o máximo de oportunidades dessas apostas”, considera.

Na visão de Mauro, este é um dos pontos que traz à tona a necessidade do suporte de equipes ou agências de comunicação. Silvio Couto, diretor da Comcriativa, agência focada em marketing industrial, ressalta que “gerar mais visibilidade, ampliar o alcance dos discursos, trabalhar o posicionamento da marca, atrair oportunidades e, principalmente, criar planos estratégicos para seguir com a relação empresa/cliente no pós-feira, é só alguns dos principais atributos de uma equipe especializada”.

Para o diretor de estratégias da Comcriativa, também é importante salientar que o setor industrial e de engenharia é um dos que possui uma comunicação mais engessada e técnica do mercado. Muito por isso, diversas empresas acabam se acomodando e não se atualizam com o que há de mais atual em termos de ações de encantamento ou relacional com possíveis clientes.

“Por se tratar de um mercado mais complexo, é importante que empresas do ramo industrial e projetos busquem por equipes de comunicação especializadas neste setor”, pontua. “Isso ajudará no encurtamento e assertividade dos processos, como também das ações e estratégias a serem tomadas para a geração de oportunidades de negócios”, conclui.

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