Estruturas com baixa emissão de carbono têm sido um tema emergente no cenário da construção civil, alinhando-se à urgência global por soluções mais sustentáveis. Estas estruturas são projetadas para minimizar o impacto ambiental através de uma pegada de carbono reduzida, tanto na construção quanto na operação. O Relatório de Situação Global 2020 para Edifícios e Construção da Aliança Global para Edifícios e Construção da ONU, mostra que necessidade de adotar práticas mais verdes na construção civil tornou-se uma resposta direta às metas climáticas globais, visando a redução substancial das emissões de gases de efeito estufa até 2050.
De acordo com o website ArchDaily, o setor de construção é um dos maiores contribuintes para as emissões de carbono, com a energia usada para iluminação, aquecimento e resfriamento de edifícios representando aproximadamente 28% das emissões globais de carbono. Outros 11% originam-se do carbono incorporado, que inclui emissões relacionadas à construção de edifícios, transporte de materiais, fabricação, instalação e impactos no final da vida útil. Os edifícios neutros em carbono, portanto, não são apenas uma escolha ecológica, mas também uma necessidade iminente para alcançar os objetivos climáticos globais.
No entanto, alcançar a neutralidade de carbono em edifícios apresenta desafios significativos, principalmente em termos de custos. O investimento inicial em tecnologias e materiais inovadores tende a ser mais alto em comparação com métodos tradicionais de construção. Por exemplo, painéis fotovoltaicos, sistemas de isolamento avançado, sistemas HVAC eficientes em energia e outras tecnologias sustentáveis podem aumentar significativamente os custos iniciais. No entanto, é importante considerar que, embora os custos iniciais sejam maiores, os custos operacionais a longo prazo podem ser substancialmente menores devido à eficiência energética e menores emissões de carbono.
Além dos desafios econômicos, os edifícios neutros em carbono apresentam oportunidades significativas, tanto no aspecto ambiental quanto no social. Eles podem gerar receitas mais altas, uma vez que os inquilinos estão dispostos a pagar mais por espaços em edifícios ecologicamente corretos, com relatórios mostrando acréscimos de aluguel de 6% e de venda de 8%. Além disso, a transição para obras neutras em carbono tem o potencial de criar milhões de empregos, com a Europa e os Estados Unidos prevendo um aumento substancial de postos de trabalho nesta área.
Anicio Moreira Cabral, Diretor Administrativo da Novemp, uma empresa especializada em sistemas elétricos e soluções de engenharia, destacou a importância dessa transição: “A adoção de edifícios neutros em carbono não é apenas uma resposta às demandas ambientais, mas também uma oportunidade econômica significativa. Empresas como a Novemp, que fornecem painéis elétricos e soluções integradas para a construção civil, desempenham um papel crucial no apoio a este movimento, impulsionando inovações tecnológicas e contribuindo para a economia verde”.
Em resumo, construções neutras em carbono representam um passo crucial em direção a um futuro mais sustentável. Embora os desafios, especialmente em termos de custos iniciais, sejam significativos, as oportunidades em termos de sustentabilidade ambiental, benefícios econômicos e criação de empregos são imensas. Conforme a sociedade avança para atender às exigências de um mundo com baixas emissões de carbono, a construção de edifícios neutros em carbono será cada vez mais vista não apenas como uma escolha, mas como uma necessidade.
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