Home Mídia Corporativa Crescimento dos atendimentos realizados por robôs no Brasil

Crescimento dos atendimentos realizados por robôs no Brasil

por Agência Canal Veiculação

Tendência de automação nos serviços de atendimento ao cliente reflete perfil de relacionamento das novas gerações

Consultor contextualiza o crescimento dos atendimentos realizados por robôs e explica prós e contras de sua implementação no cenário atual

Quando se fala em serviço de atendimento ao cliente qual a primeira imagem que vem a sua cabeça?

Para muitos, sem dúvida a imagem de muitos atendentes com headfones, divididos em baias. Mas este cenário tem mudado consideravelmente a partir do investimento de grandes empresas no atendimento automatizado, realizado por robôs.

E qual seria melhor, mais eficiente, o atendimento por um robô ou por um humano?

O diretor da V2 Consulting e especialista em serviços de relacionamento com cliente, Vladimir Valladares, desmistifica o atendimento eletrônico e aponta os prós e os contras de cada operação, para empresas e consumidores.

Segundo o consultor, antes de qualquer análise sobre viabilidade, é preciso considerar o cenário atual, onde 60 milhões de brasileiros são usuários ativos da internet e passam em média, 4 horas/dia conectados. Além disso, pessoas com menos de 20 anos já veem e-mail como algo obsoleto, assim como foi um dia na transição da carta e do fax, e que hoje utilizam de maneira muito natural as redes sociais e os smartphones como canais de relacionamento. É fato que a nova geração prefere teclar ao falar por telefone. É este público jovem que vem ditando fortemente o crescimento das URAS inteligentes (centrais de atendimento eletrônico) e que tende a evoluir ainda mais com os seus descendentes no futuro.

Mas, Vladimir pondera que é preciso cautela nos processos migratórios do atendimento humano para o automatizado. Primeiro, porque uma grande parcela, mais madura da população, ainda defende falar com uma pessoa e não uma máquina sobre as suas necessidades e problemas.

Além disso, é necessário considerar volume de atendimento (demanda) e o perfil do produto oferecido. “Instituições bancárias e vendas por e-commerce, por exemplo, são mais viáveis para o investimento neste tipo de tecnologia, visto que apresentam grande número de clientes, com necessidade de funções relativamente simples, lógicas para o cumprimento das necessidades do atendimento”, declara o especialista.

Serviços específicos dentro de diferentes tipos de operações também entram nesta lista, como solicitações de extratos, segunda via de conta, localização de unidades, entre outros, que podem, inclusive, serem solicitados a qualquer hora do dia ou da noite, deixando mais livre o cliente para acessar o atendimento onde e quando quiser.

“Temos exemplos de pessoas que saem do trabalho tarde da noite, ficando impossibilitados de telefonar para centrais em horário de expediente e que por isso pagam suas compras ou pagam suas contas por meio da web ou URAS telefônicas inteligentes que funcionam 24 horas por dia”, completa Vladimir.

A implantação da operação deve seguir um mapeamento do cliente da empresa, entendendo suas principais demandas, necessidades e para então configurar a rede de atendimento ideal. “Uma empresa que tem entre seus clientes pessoas predominantemente da 3ª idade e por isso menos adeptas à tecnologia, deve priorizar o atendimento humano”, exemplifica.

Desta forma, ele aponta caminhos do atendimento via automação, considerando operações mistas em uma mesma empresa, em que se analise até onde é possível seguir com um robô atendendo até que seu repertório de soluções de esgote e seja necessário entrar em cena um atendimento humano.

A automação pode acelerar processos, a exemplo de atendimento via chat realizado por um robô que soluciona em média 70% dos casos em alguns setores, e pode ainda gerar grande satisfação do cliente que quer antes de qualquer coisa sua necessidade resolvida com o máximo de agilidade possível. Mas está claro que o atendimento humano é fundamental para entender o cliente que busca algo mais complexo. “Áreas que demandam queixas, reposições de peças, consertos, por exemplo, ainda não são eficazes para este perfil de atendimento”, completa o consultor.

Vladimir Valladares:

Diretor da V2 Consulting. Graduado em Administração de Empresas, com pós-graduação em Qualidade e Produtividade pela Fundação Vanzolini/Escola Politécnica da USP. Possui mais de 20 anos de experiência nas áreas de Gestão, Qualidade, Processos e Relacionamento com Clientes. Atuou em empresas como Serasa, Embraer, Teleperformance Brasil e TecBan. Liderou e teve participação ativa em projetos de melhoria da qualidade e produtividade empresarial, com conquistas do Prêmio Nacional da Qualidade, certificações ISO 9000, COPC – Customer Operations Performance Center e Programa Brasileiro de Auto-Regulamentação do Setor de Relacionamento com Clientes.

Você também pode gostar

Deixe um Comentário

Ao navegar neste site, você aceita os cookies que usamos para melhorar sua experiência. Aceito Mais informações