O Pará tem potencial para aumentar o número de pessoas entre 18 e 70 anos no Cadastro Positivo a partir da integração do setor de saneamento à iniciativa, uma vez que a abrangência do segmento é estratégica para expandir os benefícios do crédito aos clientes das concessionárias e aos municípios atendidos. Atualmente, 64% da população economicamente ativa do estado está na base de dados.
Após o êxito na inclusão dos dados recebidos das instituições financeiras, telecomunicações e concessionárias de energia elétrica, o setor de saneamento, que corresponde à quarta etapa da iniciativa, pode acrescentar aproximadamente 50 milhões de registros ao Cadastro Positivo em todo o país, de acordo com dados da Associação Nacional dos Bureaus de Crédito (ANBC).
Para ampliar o engajamento das empresas de saneamento e promover a conformidade à lei do Cadastro Positivo (Lei 12.414 com alterações da Lei Complementar 166, DE 8/04/2019), a ANBC, representante dos birôs de crédito gestores do Cadastro Positivo, concentra esforços em uma série de ações junto a concessionárias, associações e governos para esclarecer sobre o programa e seus benefícios. Como parte dessa agenda, Elias Sfeir, presidente da entidade, estará em Belém no próximo dia 30 de janeiro para uma reunião com José Fernando de Mendonça Gomes Júnior, presidente da Cosanpa (Companhia de Saneamento do Pará).
Com o principal objetivo de auxiliar na avaliação de risco na concessão de crédito por meio de informações positivas, o Cadastro Positivo permite que credores tenham uma visão mais detalhada do histórico de pagamentos dos tomadores de crédito – sejam eles individuais ou corporativos – possibilitando a oferta de condições de crédito mais adequadas a cada perfil.
“O engajamento das fontes de informação do Cadastro Positivo é fundamental para o sucesso do programa, cujo principal objetivo é democratizar o acesso ao crédito, diminuir a inadimplência e promover a inclusão financeira de consumidores e empresas. Nossa agenda com a Cosanpa busca demonstrar o quão importante é a aderência da empresa à lei do Cadastro Positivo e o papel social da iniciativa, que visa alavancar a economia local, o desenvolvimento regional e o bem-estar social”, afirma Sfeir. Segundo o executivo, para as empresas, os ganhos socioeconômicos da adesão ao Cadastro Positivo podem, entre outros benefícios, melhorar a avaliação do indicador social da nota ESG, gerado pelas principais agências de risco do mundo.