Para muitas corporações, chegou a hora de integrar sofisticadas aplicações em vídeo (videoconferência, broadcast, etc.) a sua rede IP. Eu tenho visto grandes portais da Internet (varejo, Internet Banking, redes sociais) e empresas da área educacional (universidades, centros de treinamento) saírem na frente na corrida pela integração do vídeo aos ambientes corporativos.
Tradicionalmente, em uma rede corporativa, as proporções seriam as seguintes: 60% dados, 30% voz e 10% (ou até menos) vídeo. Acredito que essa proporção vai começar a mudar absurdamente – até 2018, deveremos ver redes com 30% dados, 30% voz e 40% vídeo.
É sabido que, na curva de formas de comunicação, uma imagem vale mais do que mil palavras. Muitas empresas estão integrando o vídeo às suas estratégias de comunicação interna e externa. A exigência de qualidade já subiu muito e vai continuar subindo – hoje é fundamental entregar arquivos com vídeo e áudio profissional, todo um trabalho de produção, pós-produção e transmissão de imagem que encante, produzindo uma experiência prazerosa em quem assiste ou interage com esse vídeo.
Trata-se de uma tendência: aos poucos, a informação de mais valor está deixando de estar na forma de dados ou voz e avança cada vez mais para o mundo das imagens em movimento, totalmente integrados à rede IP.
No passado, serviços e sistemas totalmente isolados
Nem sempre foi assim. Nas décadas de 80 e 90 as corporações contavam com serviços muito distintos: serviço de dados, serviço de voz, serviço de vídeo, serviço de vídeo broadcast, serviço de imagem. Dentro das empresas, cada um desses serviços era baseado em uma tecnologia própria e operado por uma equipe especializada nesta área. Aos poucos, porém, todos esses recursos foram passando a ser digitais. E a rede IP, que nasceu para transportar dados, foi aos poucos se definindo como o grande canal de comunicação corporativo e global (Internet).
Tecnicamente, hoje, o IP (e a nuvem) dá conta perfeitamente destas novas demandas. Para as corporações, o desafio de integrar aplicações de vídeo a seus ambientes de TIC passa por duas frentes: renovar, internamente, a cultura da empresa usuária e encontrar um integrador de soluções à altura desta nova tarefa.
.Ao final do dia, o CIO quer um ambiente na nuvem que trafegue com igual qualidade de serviços voz, dados (estruturados e não estruturados), imagem e vídeo. Um complicador dessa equação é que tudo isso deve ser projetado de modo a suportar grandes bases de informações de “n” formatos (o Big Data).
Do ponto de vista da escolha do integrador que ajudará o CIO a atingir seus objetos, os desafios também são grandes.
Integrador de soluções de ICT x profissionais do mundo do vídeo
É comum que a corporação com essa demanda opte por avaliar, a princípio, integradores de dois universos separados: empresas com expertise em vídeo e empresas com domínio do mundo IP. Em muitos casos, o CIO e sua equipe acabam elegendo como parceiro para o projeto de integração de vídeo à rede corporativa provedores com longa expertise em redes IP. Enquanto os prestadores de serviço do universo de imagem estudam redes IP há 2 ou 3 anos, os integradores de TIC vivem imersos nessa cultura há 20 anos e já passaram por outras batalhas de convergência para esse padrão de redes. Outro diferencial dos integradores do mundo IP é um profundo comprometimento com a qualidade de serviços e a continuidade dos negócios da empresa usuária. Alguns gestores acabaram descobrindo que, na prática, é mais difícil para a empresa de vídeo profissional, áudio profissional e broadcast entrar o mundo IP do que o provedor IP passar a dominar as especificidades dos pacotes de vídeo.
Na verdade, a integração de vídeo, broadcast e videoconferência à rede IP é uma demanda que exige um parceiro com inovação em seu DNA. A inovação não acontece por acaso. Nos melhores casos, os integradores de soluções estão há décadas refinando processos e metodologias de modo a realmente atingir as metas de gestão e de continuidade de negócios da corporação usuária. O desafio da hora é integrar vídeo à rede corporativa; a forma de vencer esse desafio, no entanto, é bastante conhecida: pesquisa, criatividade e a formação da equipe certa para garantir o sucesso desta empreitada.
*Paulo Henrique Pichini é CEO & President da Go2neXt Cloud Computing Building & Integrator