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A internet das ‘coisas’

por Agência Canal Veiculação

Quando você ouve a palavra Internet, qual a primeira imagem que vem na sua cabeça? 99% das pessoas pensariam em navegação por websites com os mais diversos conteúdos disponíveis na grande rede de computadores. Felizmente, esse tipo de pensamento já é passado. A resposta mais correta atualmente seria: uma grande rede virtual conectando pessoas, coisas e tudo que possa ser colado a uma etiqueta eletrônica (tag).

 

Essa conectividade de tudo é conhecida como “Internet das Coisas”. Não é um equipamento, nem um software. A Internet das coisas é uma tecnologia que está sendo desenvolvida para que os objetos do nosso dia-a-dia sejam criados em ambientes inteligentes, facilitando a vida das pessoas. Esse sistema conecta à Internet diversos objetos, não somente os computadores, notebooks, tablets ou celulares, mas também as televisões, geladeiras, automóveis, entre outras coisas.

 

Se você ainda não tinha ouvido falar sobre isso, é bom se acostumar, porque o assunto deve inundar nossas vidas em pouco tempo, a começar pela própria internet como a conhecemos hoje.

 

Hoje já temos carros conectados, que podem ser guiados sem a necessidade de um motorista. As geladeiras já estão conectadas na Internet, permitindo inclusive ser identificado automaticamente quais os alimentos que estão faltando e criar uma lista de compras, sem a necessidade do usuário sequer ter alguma interação. Arrisco a dizer que muito em breve, sua geladeira poderá acessar o site do supermercado e fazer as compras por você, sem precisar sair de casa.

 

A Internet das coisas nasceu no laboratório Auto-ID do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), e se refere ao conceito de identificação por RFID (Radio-Frequency IDentification) e marcação de objetos do mundo físico. O RFID é um método de identificação automática através de sinais de rádio, recuperando e armazenando dados remotamente através de dispositivos denominados etiquetas RFID. Uma etiqueta (ou tag) RFID é um transponder, pequeno objeto que pode ser colocado em uma pessoa, animal, equipamento, embalagem ou produto, entre outros.

 

Um estudo da empresa americana Cisco Systems mostra que, atualmente, já existem mais objetos conectados à Internet do que pessoas no mundo. Em 2020, 50 bilhões de coisas estarão conectadas à Internet. Em uma década, empresas e consumidores terão visto US$ 14,4 trilhões circularem por causa desta nova era, segundo previsão da empresa.

 

Rob Lloyd, presidente de vendas e desenvolvimento da Cisco Systems, declarou em uma conferência em março deste ano que 99% dos eletrônicos do mundo estão desconectados da internet. Por isso, o próximo passo é a Internet das coisas, em que esses dispositivos poderão ser postos online. Os setores de fabricação, público, energia, utilidades, saúde, finanças, seguros, transporte e distribuição serão os primeiros a se movimentar neste sentido, na visão da Cisco.

 

Uma startup holandesa, a Sparked, colocou sensores com wireless no gado. Assim, quando um animal está doente ou quando uma vaca está grávida, os sensores avisam o fazendeiro.

 

Algumas marcas já usam a Internet das Coisas para se manter na lembrança de seus consumidores. É o caso da água Bonafont, que criou a geladeira que twitta quando o usuário abre o eletrodoméstico para beber água. Segundo o vídeo da marca sobre a geladeira, “Bebemos menos água do que deveríamos. Embora o mínimo indicado seja o consumo de dois litros de água por dia, cada brasileiro toma, em média, 1,2 litros diários. A razão é muito simples: ninguém se lembra de beber água. Principalmente durante o expediente de trabalho”.

 

A ideia da empresa é que os usuários do Twitter se lembrem de beber água ao ver as publicações, ficando cientes do consumo mínimo.

 

Elise Ackerman, colunista da Forbes, recentemente cogitou a ideia de que uma startup de internet das coisas poderia ser a próxima Microsoft. Sarah Rotman Epps, analista da Forrester, escreveu em seu blog sobre o papel que as tecnologias vestíveis, proeminentes do segmento da internet das coisas, desempenharão no futuro da computação pessoal.

 

A empresa de consultoria Gartner mencionou a internet das coisas entre as Top 10 tendências de estratégia tecnológica para 2013, afirmando que mais de 30 bilhões de objetos serão conectados até 2020.

 

Segundo o Gartner, a Internet das coisas vai apoiar fortemente a TI, principalmente no Brasil, onde há mais de 260 milhões de celulares ativos. De acordo com uma pesquisa global da consultoria, hoje, mais de 50% das conexões de internet são para conectar coisas. Em 2011, foram 15 bilhões de conexões permanentes e 50 bilhões esporádicas. A previsão do Gartner é de que esses números cresçam dez vezes até 2020.

 

Isso é apenas o inicio de um ciclo de renovação tecnológica que nos auxiliará na otimização de nossas tarefas consideradas básicas e simples. Bem vindo à internet das coisas, bem vindo ao novo mundo onde a internet começa dar vida aos mais simples aparelhos que fazem parte do nosso cotidiano.

 

 

*Erick Pedretti Nobre é especialista em segurança da informação, gerenciamento, wireless, e Account Manager da empresa CYLK.

 

Sobre a CYLK

Fundada em junho de 2010, a CYLK é uma integradora focada em soluções Juniper Networks, Hitachi Data Systems, Corvil e A10 Networks. Conta com uma equipe altamente capacitada e alcançou já nos primeiros meses de mercado, a maior certificação concedida pela Juniper: Elite Partner. Entre os principais clientes destacam-se Gradual Investimentos, Futura Corretora, DASA Laboratórios, Link Investimentos e ATG – Americas Trading Group. A CYLK está instalada em São Paulo na região do Brooklin e conta com escritórios de negócios no Rio de Janeiro, Curitiba e Belo Horizonte.

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