A partir de hoje temos um novo console no mercado. Mas será que é uma concorrência séria à Playstation 4 e à Xbox One? Nem sequer é esse o objetivo da Nintendo e acho que nunca foi. A Nintendo Switch mostra um conceito diferente e quer tornar o nosso console de casa mais portátil. Estará ela no caminho certo?
Nintendo Switch: Primeiras Impressões, Por Bruno Peralta -3 de Março de 2017
A Nintendo Switch chega hoje ao comércio Americano e Europeu, e após uma pequena pesquisa no site da Fnac, ainda nos é indicado que pode recolher o console na rede Colombo ( Europa), o que quer dizer que, felizmente para os interessados, ainda há estoque disponível, portanto é melhor não relaxar. É que o fim-de-semana vem aí e a procura não vai parar nestes primeiros dias.
Porquê? Porque, a verdade, é que o console é mesmo interessante e tem o conceito promissor que muitos dos grandes jogadores sempre sonharam: ter o nossa console de casa portátil e podermos jogar os jogos que gostamos em qualquer momento, em vez dos atuais consoles portáteis que estão longe da qualidade que os gamers desejam.
Mas se você pensa que o Nintendo Switch tem como objetivo substituir os vários consoles da empresa, a resposta é não. A Nintendo Switch vem substituir o Wii U (que já foi descontinuado), mas os consoles portáteis Nintendo DS são um sucesso de vendas e a fabricante japonesa não vai abdicar de tudo para apostar neste novo conceito.
Primeiras Impressões do Nintendo Switch
O Nintendo Switch chega hoje aos mercados, mas a convite da Nintendo Portugal já tive a oportunidade de experimentar o novo console da japonesa e devo admitir que gostei muito.
Não é muito grande, e vem com um bom design que fica bem ao pé da televisão lá de casa e tem a opção da cor cinza ou de outra mais colorida, gostei bastante da extravagância da Nintendo com os Joy-Con de cor azul e vermelho. Um bonito toque, mas que nem todos irão gostar.
FIQUEI MUITO IMPRESSIONADO COM A QUALIDADE E O DESEMPENHO DOS COMANDOS JOY-CON.
Tivemos a oportunidade de testar vários jogos, como alguns do 1-2 Switch, Super Mario Kart, Splatoon 2, entre outros e ficamos satisfeitos e impressionados com o que a Nintendo Switch consegue. Aliás, o jogo que mais me impressionou foi o Splatoon 2.
Primeiro foi um jogo de quatro contra quatro, o que logo no início já é interessante, sendo que variamos de uma forma de console e televisão, para o jogo só no console com a mobilidade que se quer.
Em ambos os modelos foi muito interessante e o jogo em si é diferente do que os “não-fãs” da Nintendo se têm habituado. Um jogo muito colorido, onde o objetivo do mesmo não é, sequer, matar os adversários, mas sim pintar o maior espaço possível com a cor da sua equipe. Até o conceito do jogo é diferente e isso atraiu-me bastante.
Também experimentei o Mario Kart e esse já é um jogo icônico com uma experiência única. Tivemos outros jogos para experimentar, como Sonic, mas há dois que é impossível não falar, o 1-2 Switch e o Zelda.
O 1-2 Switch é um jogo que nos faz lembrar a Nintendo Wii, com uma vertente mais familiar, mas neste caso utilizando um comando tão pequeno como o Joy-Con. Aliás, é nestes jogos que conseguimos perceber como os comandos Joy-Con são precisos e têm uma tecnologia muito avançada. Há variados mini-jogos como um tiroteio ao estilo Faroeste (Quick Draw), combate de espadas , tirar leite de uma vaca (Milk), contar bolas dentro de uma caixa (Count Balls), entre outros. Segue-se um vídeo de 18 dos 28 mini-jogos do 1-2 Switch.
Estes três jogos demonstram a qualidade dos Joy-Con, com destaque para o Count Balls. Com este jogo temos de descobrir quantas bolas estão na caixa, apenas com a vibração do comando e é incrível quão perfeita é esta funcionalidade. Só mesmo experimentando para se perceber que os vários sensores do comando são incríveis, principalmente num comando tão pequeno.
Não há como deixar passar o grande Zelda, o grande destaque e que colocará a Nintendo Switch ao nível das outros consoles.
Assim que comecei a jogar e passei algum tempo no jogo, este lembra-me os MMORPG’s, como o World of Warcraft, que joguei durante bastante tempo. O estilo é o mesmo, com gráficos do mais alto nível e seguindo a história do Zelda. Um jogo bem promissor e que se chegar ao modo online/multiplayer, poderá tornar o jogo num sucesso (ainda maior).
Foi durante o jogo do Zelda que experimentei a principal funcionalidade que a Nintendo se consagra, que é jogar no console e retirar o “tablet” da dock e continuar a jogar, o que correu muito bem e de forma excelente. Assim que retiramos o console da dock, o jogo continuou no tablet, tal e qual como estava. O conceito está aprovado e mesmo a redução da resolução que quase não se nota, até porque passamos de um ecrã de televisão (normalmente superior a 40 polegadas) para um de 6,2 polegadas.
Portanto, não podia estar mais satisfeito com estas primeiras impressões do Nintendo Switch, mas fiquei muito impressionado com a qualidade e o desempenho dos comandos Joy-Con. Como é que um comando tão pequenino tem esta qualidade e todos estes sensores para conseguirmos sentir quantas bolas estão dentro da caixa.
Especificações da Nintendo Switch
A Nintendo não revelou os processadores que a consola utiliza, mas há outras informações importantes. O Ecrã tátil capacitivo é de 6,2 polegadas com resolução HD, no entanto a escolha por esta resolução tem como objetivo a poupança de bateria quando utilizamos a consola como tablet, já que num ecrã de 6,2 polegadas a resolução não é tão notória. Quando se utiliza a consola na dockstation, a resolução utilizada é Full HD.
A bateria terá uma duração entre 2h30 a seis horas, dependendo de vários fatores como qual o jogo utilizado e se utilizamos o ecrã tátil muitas vezes, no entanto a Nintendo Switch utiliza o cabo USB-C, o que permitirá carregar a consola através de uma powerbank.
A Nintendo afirma que o jogo The Legend of Zelda: Breath of the Wild poderá ser jogador por, aproximadamente, três horas.
Ainda devido à bateria, também o processamento será reduzido quando utilizado em tablet, já que com um ecrã HD também não será preciso tanto poder de processamento. Tudo com o objetivo de poupar a bateria e dar-lhe a maior duração possível.
Os comandos estão repletos de funcionalidades, pois incluem acelerómetro e sensores de movimentos. O comando esquerdo terá um botão de captura de imagem para partilhar diretamente nas redes sociais, enquanto o comando direito terá NFC para interação com figuras Amiibo e uma câmara de infravermelhos que deteta a distância que a mão está do comando, como até compreende se tem a mão em forma de pedra, papel ou tesoura.
Os comandos têm um sistema vibratório de grande qualidade, que a Nintendo apelida de HD, pois permitirá sensações subtis e muito realistas. A vibração é tão detalhada que será possível sentir a vibração de cubos de gelo individuais a colidirem dentro de um copo, ao agitar o comando.
OBS: No Brasil pode se checar a disponibilidade no Site da Fnac e outras lojas referência.
Fonte: https://www.maistecnologia.com
Créditos: Bruno Peralta