Imagine um jogo para celular operado somente pela voz, que dispensa o toque na tela e permite que pessoas com deficiências e/ou restrições motoras entrem na competição. Pois isso já é realidade. Os alunos Alexandre Nowacki e Wesley Nasray, do curso de Jogos Digitais do Centro Tecnológico Positivo, desenvolveram o Say It The Game, um jogo inovador que obedece aos comandos de voz do jogador.
O mentor do projeto, professor do curso de Jogos Digitais do CT Positivo, Michael Bahr, explica que o game foi desenvolvido pelos alunos para uma grande competição mundial. “Nós focamos no celular, que é uma plataforma acessível tanto para desenvolvedores como para os usuários, e procuramos oferecer um benefício diferente à sociedade. Foi aí que tivemos a ideia de unir os comandos de voz a um jogo e o resultado não poderia ter sido melhor”, conta o professor.
Mesmo depois do resultado, os estudantes foram incentivados a levar o projeto adiante. Wesley conta que “o estímulo dos professores do curso foi essencial nessa fase. Nós provavelmente iríamos arquivar o game e parar por aí, mas fomos orientados a continuar e testar a aprovação do jogo – e isso fez toda a diferença”.
Já nos primeiros testes com o público-alvo, o aplicativo mostrou a que veio. “Nós levamos o jogo para os jovens da Associação de Deficientes Físicos do Paraná e o resultado foi muito emocionante. Foi muito gratificante levar entretenimento a pessoas com restrições motoras, deficiências físicas nas mãos ou nos braços e ver que eles se divertiram com o nosso projeto. Isso vale mais que qualquer prêmio”, diz Alexandre.
Uma corrida em meio ao folclore nacional
Jump, right, left e slide! Esses são os quatro comandos necessários para que o jogador se dê bem no Say It The Game, um jogo de corrida. Depois de aprender os termos, é hora de fugir do terrível Mapinguari e pedir ajuda a personagens já conhecidos do nosso folclore, como o Saci, o Curupira e a Mula-Sem-Cabeça.
Mais do que um jogo de corrida, Say It The Game é uma imersão na cultura popular brasileira. Para compor a trama do jogo, os alunos pesquisaram o rico folclore da região amazônica e de lá tiraram componentes para criar os vilões e mocinhos do enredo. Ao longo da trajetória, o jogador também recebe informações sobre cada personagem, aliando diversão e conhecimento em uma experiência única.
Além da parte de programação envolvida, o visual do jogo também foi desenvolvido pela dupla, com os conhecimentos adquiridos durante o curso. “Começamos a estudar sem saber nada e nossa base veio dos Jogos Digitais e da nossa criatividade. Sempre tivemos no curso todo o apoio tecnológico que precisamos e os caminhos para ir além”, reflete a dupla autora do jogo.
Da academia ao mercado
A previsão dos estudantes é lançar o jogo na Windows Store, em junho de 2015. As versões para Android e iOS serão desenvolvidas na sequência. O aplicativo é gratuito e itens extras poderão ser comprados ao longo das fases, conforme o desempenho do usuário.
Para Rafael Pereira Dubiela, coordenador do curso de Jogos Digitais do Centro Tecnológico Positivo, iniciativas como as de Alexandre e Wesley representam muito bem o perfil do curso. “A competitividade entre os alunos é sempre estimulada para que projetos cada vez melhores e mais inovadores sejam desenvolvidos”, comenta. “Nossos professores incentivam essa busca nos estudantes e trabalham com eles dentro e fora da sala de aula. A sinergia entre os alunos, professores e sociedade é fundamental para manter o alto nível de conhecimento gerado aqui dentro”, completa Dubiela.
Sobre o Centro Tecnológico Positivo
O Centro Tecnológico (CT) Positivo materializa, na Educação Superior, a excelência que o Grupo Positivo alcançou na oferta de educação. Para assegurar uma sólida formação profissional, com base nos valores do saber, da ética, do trabalho e do progresso, e adequada às exigências do mercado de trabalho, mantém parcerias com diversas entidades nacionais e internacionais. Fundado em 2009, o CT Positivo oferece Cursos Superiores de Tecnologia (Tecnólogos) objetivos, práticos e rápidos, com duração de dois a três anos, em cinco unidades: Batel, CIC, Ecoville, Hauer e Praça Osório. Entre os diferenciais do Centro Tecnológico Positivo estão a infraestrutura de ponta, com salas e laboratórios modernos e especializados; o corpo docente com experiência prática; a oferta de disciplinas em formato modular; e os programas dos cursos construídos em parceria com empresas.