“Os senadores não estão recebendo tablets, estão recebendo uma ferramenta de trabalho que vai proporcionar economia de papel, mobilidade, acessibilidade e interação com os cidadãos”. Dessa forma, o 1º secretário do Senado, Cícero Lucena (PSDB-PB), resumiu o objetivo dos tablets entregues pela Casa aos senadores.
O 1º secretário apresentou os novos equipamentos em solenidade nesta quarta-feira (28) na Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT). Como exemplo da economia que resultará do uso dos tablets, Cícero Lucena citou a redução da necessidade de cópias das pautas do Plenário e das comissões.
– Ontem, tivemos na ordem do dia do Plenário algo em torno de 300 folhas impressas. Com uma cópia para cada um dos 81 senadores, seriam mais de vinte mil páginas. Nesta comissão [CCT], a pauta chega a 150 páginas e eram impressas cópias para seus vinte e pouco titulares, resultando em cerca de 3.500 páginas a cada reunião. Esse custo financeiro e esse sacrifício ambiental vão deixar de existir – frisou
O parlamentar ressaltou que o incentivo ao uso de tablets pelos senadores é parte de um processo mais amplo de modernização e transparência do Senado, promovido por orientação do presidente da Casa, José Sarney.
Conforme lembrou a secretária-geral da Mesa do Senado, Claudia Lyra, o Senado iniciou em 2009 o Processo Legislativo Eletrônico, quando sessões e decisões da Casa puderam então ser acompanhadas por meio da internet. Também estiveram presentes à reunião a diretora-geral do Senado, Doris Peixoto, e o secretário de Comunicação, Fernando César Mesquita.
Agora com os tablets entregues pelo Senado, os senadores terão maior facilidade para acessar informações das comissões, como pautas, projetos em exame, votos dos relatores e resultado de votações. Também terão acesso às matérias em pauta e às votações do Plenário, bem como às notícias da Agência Senado, do Jornal do Senado e a clippings de notícias sobre as atividades da Casa.
Essas informações podem ser acessadas a partir de tablets iPad, da Apple, além daqueles compatíveis com o sistema Android, do Google, por meio do link http://www12.senado.gov.br/noticias/tablet. Também é possível acessar por meio de um computador normal, desde que utilizados os navegadores Google Chrome ou Apple Safari.
Cícero Lucena ressaltou ainda que o Senado tem avançado na oferta de ferramentas de mobilidade não apenas para tablets, mas também para smartphones, ampliando a interação do Senado com a sociedade. Desde o ano passado, a Casa já oferece aplicativos compatíveis com aparelhos iPhone, da Apple, Android e Blackberry.
O grande potencial de mobilidade dos tablets também foi destacado pelo presidente da CCT, senador Eduardo Braga (PMDB-AM).
– Essa ferramenta pode ser compatibilizada com um telefone e teremos a portabilidade e a mobilidade, sintonizando as informações – disse, destacando ainda a economia que resultará com o uso dos equipamentos.
Eduardo Braga disse ainda que a medida adotada habilita o Senado a requerer créditos de carbono, pelas árvores poupadas com o fim da impressão da ordem do dia do Plenário e de pautas das comissões.
Cícero Lucena destacou o trabalho feito pelo Prodasen na formatação dos equipamentos e pela Secretaria de Comunicação Social (Secs), para tornar as informações do Senado acessíveis a todos os usuários de tablets.
Aquisição
Foram adquiridos, da empresa paranaense Microsens, 110 tablets, ao custo unitário de R$ 1.718,00, com valor total de R$ 188.980,00. A escolha da empresa, obedecidas às normas legais, foi feita por meio de Ata de Registro de Preços, numa venda realizada ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), por meio do Edital de Pregão Eletrônico nº 64/2011. As informações estão disponíveis no Portal da Transparência do Senado.
Economia
Com base em dados do Sistema de Controle de Custos da Gráfica do Senado (Sigraf), em 2011 foram gastos, no total, 5.548.118 folhas (do tipo A4 e a um custo de R$ 0,05 por folha impressa, contemplando o custo de papel e o de impressão) para a confecção de pautas para as 11 comissões permanentes do Senado. Segundo a Secretaria-Geral da Mesa, se for levado em conta somente a economia de papel na confecção dessas pautas (o custo em 2011 foi de R$277.405,90), os tablets estarão totalmente pagos em oito meses.