A Índia se preparava nesta quarta-feira para lançar o aguardado computador de baixo custo – um tablet de 45 dólares -, fabricado para levar a revolução tecnológica a dezenas de milhões de estudantes.
O tablet é equipado com uma tela de sete polegadas, conexão Wi-Fi, media player e bateria com autonomia de 180 minutos, segundo as especificações oficiais. Chamado de Akash (Céu), o aparelho, de fabricação nacional, será lançado em Nova Délhi pelo ministro do Desenvolvimento de Recursos Humanos, Kapil Sibal.
“A primeira leva de 500 tablets será entregue a estudantes após o lançamento”, informou a porta-voz do ministério, Mamata Varma. “Inicialmente, 700 tablets serão fabricados por dia, e esperamos que a produção aumente quando mais empresas ajudarem na fabricação.”
A estratégia comercial do tablet não está clara, mas a maioria dos aparelhos deverá ser vendida por meio de universidades.
A fabricante Datawind, com sede no Canadá, informou que o tablet utiliza o sistema operacional Android 2.2, tem capacidade para realizar videoconferências, duas portas USB e memória expansível de 32GB. Mas especialistas alertaram que os 256MB de memória RAM limitarão a sua performance.
Fabricantes esperam que os indianos troquem os computadores de mesa por tablets, como milhões fizeram ao comprar telefones celulares em vez de esperar por uma linha fixa.
O tablet IPad, fabricado pela Apple e popular em todo o mundo, custa a partir de 600 dólares na Índia. A Reliance Communications vende um tablet rival por 290 dólares.
O Akash faz parte de um plano para aumentar o nível de ensino dos estudantes, e proporcionar a eles a habilidade tecnológica necessária para impulsionar o crescimento econômico recente do país.
A Índia, onde o índice de alfabetização é de 61%, menor que o de outras nações em desenvolvimento, como a China (92%), está realizando esforços para melhorar seu sistema de ensino.
O governo havia prometido lançar os primeiros 100 mil tablets em janeiro passado, mas um impasse envolvendo o nível de subsídio do governo é apontado como motivo do atraso.
Via Canal: Gazeta do Povo