Numa notícia de ‘contra pé’ e sem ao menos avisar antes, a HP voltou atrás em seu plano de dividir ou vender a divisão de computadores pessoais. Segundo o que rolou na entrevista coletiva ontem, Meg Whitman, a CEO que substituiu Leo Apotheker em setembro, divulgou esta decisão e tornou oficialmente o objetivo de 2012 da HP.
Anunciado também que a HP vai ‘voltar’ ao mercado de tablets, que ela abandonou em agosto ao encerrar sua linha Touch Pad.
Pouco mais de um mês depois de ser indicada CEO da HP, Meg Whitman empenhou-se em apagar a nuvem de incertezas criada por Apotheker em agosto. Apotheker anunciou que a empresa iria se desfazer da pouco lucrativa área de computação pessoal e voltar-se para software e serviços – áreas consideradas mais rentáveis.
Empresa de hardware
Mas a divisão de PCs da HP é responsável por quase um terço do seu faturamento anual, de 126 bilhões de dólares. Sozinha, essa divisão já seria uma das 100 maiores empresas dos Estados Unidos, com vendas de 40 bilhões de dólares por ano. “Em primeiro lugar e acima de tudo, a HP é uma empresa de hardware”, disse ela. “Queremos nos expandir em software, mas ainda não terminamos com o hardware. Há muitas oportunidades a explorar.”
Meg Whitman avaliou que, se a divisão de PCs se tornasse uma empresa independente, ela perderia o valor da marca HP. Além disso, o desmembramento eliminaria a sinergia que existe entre esse e outros negócios da companhia. A área de PCs da empresa é um dos maiores compradores de componentes eletrônicos do mundo. Por isso, tem grande poder de barganha com os fornecedores, que se estende às divisões de servidores, impressoras e equipamentos de armazenamento.
A HP também divulgou que terá um tablet com Windows 8 – algo que não surpreende. O sistema operacional da Microsoft deve ficar pronto em 2012, e vai rodar tanto em PCs como em tablets. Mas a HP ainda não decidiu o destino do seu sistema operacional WebOS, que era usado em smartphones e no tablet TouchPad.
Leo Apotheker descontinuou esses produtos. Mas a empresa parece não ter abandonado completamente o WebOS. Neste mês, ela até soltou uma atualização para o sistema operacional. E há planos para usá-lo em servidores, como parte de serviços de computação em nuvem. “Ainda estamos trabalhando no WebOS. É parte da nossa estratégia na nuvem”, disse Meg Whitman.
Na mesma entrevista, Todd Bradley, que chefia a divisão de PCs da HP, disse que, para um tablet ser bem sucedido, ele teria de custar 300 dólares. A dificuldade, diz ele, é fabricar o tablet com um custo baixo. Meg Whitman completou: “Acho que precisamos estar no negócio de tablets. E certamente estaremos com o Windows 8. Vamos fazer uma nova investida nesse negócio. E vamos decidir qual será o futuro do WebOS nos próximos meses.”
1 comentário
Que papelão da HP,uma empresa de tecnologia que não sabe para onde quer ir,os tablets são uma tendência que vai ficar aí por muito tempo é em um mundo que a maioria das pessoas não possuem computadores não haveria o porque de não continuar fabricando PCs.
Não precisa ser lider de vendas em um seguimento para se ter lucro,mas precisa fazer parte dele e com tempo conseguir ser lider.