A Kaspersky Lab recentemente descobriu um trojan, criado na Rússia, que rouba dinheiro das contas bancárias dos usuários clientes de mobile banking. Segundo analistas da companhia, a ameaça foi desenvolvida para executar comandos remotos emitidos por cibercriminosos. Apesar de não mandar nenhum SMS para números premium a partir do aparelho infectado, o trojan consegue furtar os dados do aparelho tais como registros de chamadas, código IMEI, SMSs enviados e recebidos, IDs de rede e outros dados, além de possuir a habilidade de interagir com serviços de mobile banking através de SMS.
O cibercriminoso consegue comandar o aparelho de maneira remota para enviar SMS arbitrários, assim como configurar as chamadas recebidas e/ou filtros de mensagens que afetam os números de telefone específicos. Este conjunto de ferramentas é usado para verificar se o telefone está ligado a um serviço de mobile banking. Se o aparelho estiver conectado os hackers tentam invadir a conta e transferir o dinheiro da vítima.
O teste, conduzido na Rússia, mostrou que os criminosos tentam se certificar se o smartphone infectado está registrado no Sberbank, banco de varejo popular na região. Os proprietários de smartphones registrados podem movimentar suas contas bancárias por meio desses aparelhos. O banco solicita informações adicionais para liberar transferências, porém, todas as informações pedidas são facilmente obtidas pelos hackers no ataque. Com isso, eles também evitam que proprietário legítimo da conta perceba quaisquer mensagens suspeitas.
Hackers russos são famosos pelo desenvolvimento de esquemas e softwares inovadores. Após o teste inicial, esse cavalo de Tróia pode ser revendido para criminosos de outras regiões que utilizarão o mesmo esquema, efetivo em qualquer país ou banco contando apenas com o SMS para a emissão de instruções de pagamento. Para propagar oTrojan, os hackers usam o truque típico que infecta sites legítimos e redireciona os usuários a sites maliciosos oferecendo “atualizações do Flash Player”.
De acordo com o último relatório da Febraban existem hoje no Brasil mais de 3,3 milhões de usuários de mobile banking, e esse número vem crescendo a cada dia. “É natural que apareçam códigos maliciosos que tentem roubar usuários desses serviços”, afirma Fabio Assolini, analista de malware da Kaspersky no Brasil. “No momento temos registrado no país somente ataques de pragas que enviam SMS para números premium, porém é uma questão de tempo até que pragas mais avançadas como essa passem a ser usadas por aqui”, afirma o analista.
Para evitar ser vítima desse golpe siga algumas dicas básicas:
· Desligue a opção “Permitir a instalação de fontes desconhecidas” nas configurações de segurança;
· Prefira o Google Play, não utilize lojas de aplicativos de terceiros;
· Antes de instalar o novo aplicativo, verifique cada permissão solicitada e considere se é razoável;
· Verifique a classificação do aplicativo e o número de downloads. Evite aplicações com baixa classificação e pequena quantidade de instalações;
· Use proteção de segurança para seu Android<http://brazil.kaspersky.com/produtos/produtos-para-usuarios-domesticos/mobile-security>.
A praga é detectada e bloqueada pelos produtos da Kaspersky com o veredito Trojan-SMS.AndroidOS.Svpeng.a.
Sobre a Kaspersky Lab
Kaspersky Lab é o maior provedor privado de solução de proteção para endpoints do mundo. A empresa ficou entre os quatro maiores fornecedores de soluções de segurança para usuários endpoint *. Durante seus mais de 15 anos de história, a Kaspersky Lab continua a ser uma empresa inovadora em segurança de computadores e fornece soluções eficazes de segurança digital para grandes empresas, PME e consumidores. A Kaspersky Lab, através da sua holding registrada no Reino Unido, opera atualmente em cerca de 200 países e territórios ao redor do mundo, fornecendo proteção para mais de 300 milhões de usuários. Para mais informações, visite http://brazil.kaspersky.com
*A empresa ganhou o quarto lugar na classificação muldial do IDC Endpoint Security Income por Fabricante, 2011. O ranking foi publicado no relatório da IDC “Previsão Global de Endpoint Security 2012-2016 e Ações de Fabricantes 2011” – (IDC nº 235930, julho de 2012). O relatório classificou os fornecedores de software de acordo com suas receitas de vendas de Endpoint Security Solutions em 2011.