Dica Nikon: Fotografando pôr e nascer do sol
Há duas maneiras de se pensar sobre imagens de pôr do sol:
veja o sol na figura ou veja o efeito do sol na figura.
Os dois tipos de fotografias são boas de acordo com o fotógrafo e o instrutor de foto Jim Harmer.
Mas ele dirá que o último tipo exige que você passe mais tempo no cenário.
“Não tire apenas uma ou duas fotos do sol se pondo e pense que conseguiu,” diz Jim.
“Eu morava na Flórida, e via turistas na praia prontos para tirar fotos do pôr do sol, e assim que o sol seguia para baixo do horizonte, eles desapareciam; a praia ficava vazia.”
Não é que Jim não goste de ter o sol na fotografia.
É que ele sabe que as cores mais vibrantes aparecem após o sol ter desaparecido da vista.
“O céu irá se acalmar após o sol se pôr, e então, de repente, irá se iluminar novamente com as cores mais maravilhosas.”
“Você terá fotos com muito mais humor porque serão quase fotos noturnas. É minha hora favorita de fotografar— uns 15 ou 20 minutos após o sol desaparecer.”
Jim começou a fotografar o por do sol por causa da divergência entre o que ele via no céu e o que ele via na tela.
“Havia um pôr do sol lindo na noite anterior e todos no Facebook postavam fotos do celular.”
“Eu via as fotos e pensava, foi um pôr do sol maravilhoso, mas essas fotos não chegam nem perto.”
“Então, eu me forcei a olhar em todos os sites que conseguisse e descobrir o que cria uma ótima foto de pôr do sol.”
“Aos poucos descobri o que funciona e o que não funciona.”
Primeiro, ele descobriu que enquanto as cores no céu são a atração óbvia para a maioria das pessoas, o que o atraia era um senso de urgência e excitação.
“É que a luz muda tão rapidamente.”
“Eu chegava para fotografar um pôr do sol e teria talvez 20 minutos para fazer algo acontecer e, de um minuto para outro, a foto pode ficar absurdamente diferente por causa da maneira como a luz reflete em coisas diferentes e como sua intensidade muda.”
“Você deve reagir rapidamente—essa não é a fotografia de paisagem em que você fica o dia todo sentado.”
Depois, ele descobriu que para criar imagens de pôr do sol eficazes e dramáticas, ele precisava de mais do que o pôr do sol.
Ele precisava de formas, sombras, detalhes, texturas. Ele precisava de outros objetos.
“O céu irá se acalmar após o pôr do sol, de repente, irá se iluminar novamente com as cores mais maravilhosas.”
“Você terá fotos com muito mais humor porque serão quase fotos noturnas.”
“É minha hora favorita de fotografar—uns 15 ou 20 minutos após o sol desaparecer.”
“Eu vou sair para fotografar um pôr do sol, e será um belo pôr do sol, e quando chego em casa a minha mulher vai dizer:
‘Foi um ótimo pôr do sol, você deve ter conseguido algumas imagens fantásticas.
” E eu digo, “Eu nem peguei a câmera.”
“E é porque não encontrei a coisa certa para usar de primeiro plano.”
“Não importa o que está acontecendo no céu—se não tiver algo acontecendo em terra ou na água, será apenas uma foto.”
O que ele está procurando é… bem, praticamente qualquer coisa.
Um píer, uma fazenda, rochas, flores—”qualquer coisa de que eu tiraria uma foto de qualquer jeito.”
“É a coisa mais importante que faço para tirar fotos:
Encontrar uma formação de rochas muito legal, um celeiro, até ervas na pradaria que estarão voando no vento.”
“Eu vejo isso e penso, será ainda melhor com o pôr do sol ao fundo.”
E então, ele descobriu o indicador de um pôr do sol promissor.
“Está tudo nas nuvens.”
“O sol irá se por da mesma forma todas as noites, mas você tem que procurar as nuvens certas.”
“Eu saio e olho as nuvens algumas horas antes do pôr do sol e penso, tudo bem, cancele o que estiver programado esta noite, pois vou fotografar o pôr do sol.”
“Estou procurando por nuvens altas e desiguais com muito espaço entre elas.”
“O padrão dessas nuvens irá ditar como a luz irá refletir, e cada uma dessas nuvens separadas pegará um pouco de luz e cor.”
“Um lençol de nuvens? Não é bom para fotografia.”
O resto é momento certo e técnica.
“Você se acostuma a conhecer onde e quando o sol vai se pôr,” diz Jim.
Quando ele morava na Flórida, era bem fácil saber os pontos de vantagem porque a terra era plana.
Agora ele mora em Idaho, e é outra história.
“Saber onde e quando ocorrerá o pôr do sol é muito difícil, porque há muitas montanhas em todos os lugares,” diz ele.
“O sol pode desaparecer bem antes do horário oficial do pôr do sol porque, apesar de ainda estar tecnicamente acima do horizonte, há montanhas entre mim e ele [o pôr do sol].”
‘Então, a hora oficial do pôr do sol é mais ou menos uma diretriz.”
“Se você conseguir uma visão clara, verifique o horário do pôr do sol online, mas se prédios ou montanhas entrarem em plano, esteja pronto para se ajustar.”
Hora de Ser Criativo
Para Jim, a técnica começa com um tripé.
“Eu costumo gostar de exposições longas, então se fosse segurar a câmera não poderia usar velocidades criativas do obturador.”
Velocidades criativas do obturador?
“Há muito mais que você pode fazer com a velocidade do obturador do que acertar a exposição,” diz Jim.
“Você irá capturar a onda da água em uma cena quando usar uma velocidade lenta do obturador, e uma grande parte da história dessa imagem será a captura desse pequeno momento, essa textura.”
“Se você fotografar em 1/200 segundo, você não captura nada disso.”
O que Jim fará é definir a câmera para prioridade de abertura, e escolher uma abertura pequena—digamos, f/16, f/18 ou f/22—para forçar uma velocidade lenta do obturador.
A exposição pode ser difícil—pois, você está fotografando no sol, e apesar da fotometria de sua câmera fazer o melhor que puder, podem enganar você com frequência.
“Quando o sol está na foto, sempre irá fazer com que a câmera subexponha,” diz Jim.
“O sol é tão brilhante que você terá uma silhueta do que estiver em primeiro plano.”
Se uma silhueta for o que ele está procurando, ele definirá a câmera para prioridade de abertura e irá deixar a fotometria fazer seu trabalho.
Além disso, ele diz, “é bom fotografar em prioridade de abertura quando o sol ainda não se pôs porque a luz está mudando muito rápido.”
“Se estivesse fotografando em modo manual, ficaria mudando a configuração a cada 30 segundos.”
“Eu gosto bastante da prioridade de abertura principalmente quando estou me movendo bastante, tentando encontrar a composição certa.”
“Eu olho a imagem no LCD de vez em quando, e se estiver muito escuro, se não quiser uma silhueta, eu aciono uma compensação de exposição.
“Mas quando o sol se põe, eu gosto de fotografar em modo manual.”
“Quando fica muito escuro, frequentemente não há muita informação para a câmera ler, então quando o sol está abaixo do horizonte, é quando eu mudo para modo manual.”
Para verificar que suas funções manuais estão funcionando, ele irá verificar não só a imagem no LCD da câmera, mas o histograma também.
“É uma necessidade com pores de sol—você está olhando para o sol brilhante, pode haver reflexos da água.”
“Não dá para dizer o que está acontecendo nesta imagem, a menos que você veja o histograma.”
O histograma é basicamente uma representação gráfica do alcance de tons em uma foto.
É uma análise instantânea da imagem que você acabou de fotografar.
E em uma foto do pôr do sol dirá se você está superexpondo e irá acabar com destaques queimados devido à força do sol.
Basta procurar um pedaço de destaque—ou seja, uma concentração pesada de picos irregulares do lado direito do histograma.
Jim descobriu que, se o sol está na imagem, é provável que alguns dos destaques sejam cortados, mas em muitos casos tudo ficará bem.
“Você deve procurar pela maior parte dos dados na imagem; a maior parte não pode ser cortada.”
Jim sempre permite alguns ajustes após a captura ao fotografar arquivos RAW.
“Você tem que fotografar no formato RAW com pores do sol porque eles são muito complicados.”
“Você precisa de toda a informação não processada que a câmera capturou se quiser uma foto para guardar.”
A maior parte da manipulação de imagem dele envolve uma simples melhora de contraste.
“Eu sempre acabo com uma imagem de visual monótono no arquivo RAW, então adiciono um pouco de contraste.”
Finalmente, porque o sol também nasce (várias das imagens mostradas aqui são tiradas no início da manhã), nós nos perguntamos se existem diferenças significativas entre fotografar de manhã ou de tarde.
“Talvez cientificamente, no sentido de que o pôr do sol é um pouco mais vibrante por causa da poeira que se junta durante o dia,” diz Jim, “mas, em um senso prático, são muito similares.”
“O nascer do sol também tem esses 20 minutos de mudança de luz e cores.”
No fim das contas, é uma questão de como você quer retratar todos esses importantes elementos de primeiro plano.
“Fotografe pela manhã e pode pegar a luz perfeita vindo de trás e atingindo a cabana.”
“Fotografe de noite e vai pegar o pôr do sol atrás da cabana – uma história totalmente diferente.”
Dicas para nasceres e pores do sol
•Sempre use um tripé.
•Adicione interesses ao incorporar um objeto que não seja o nascer ou o pôr do sol.
•Procure locais; saiba os horários do nascer/pôr do sol.
•Nuvens durante a tarde indicam o potencial da foto do pôr do sol.
•Regra geral: Sol no céu? Prioridade de abertura. O sol já se pôs? Use a exposição manual.
•Sempre verifique seu histograma.
•Sempre fotografe arquivos RAW (NEF ou NRW).
Fonte: http://www.nikon.com.br
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