Do cinema experimental à fotografia 35mm,Isabela Costa se destaca por seu estilo único em editoriais de moda em Hollywood
Atraída pelos diferentes estilos e formas de expressão, sobretudo de jovens mulheres e estrangeiras de Los Angeles, Isabela Costa encontrou na fotografia 35mm, sua paixão pelo universo da moda. Nascida no Rio de Janeiro e radicada nos Estados Unidos desde 2019, a cineasta reúne em seu portfólio um estilo único, que a levou a assinar e produzir diversas sessões de fotos editoriais e filmes, em sua maioria para revistas internacionais como Bello Magazine (Paris/Los Angeles), Vulkan Magazine e Tilted.Style.
Esses veículos já tiveram em suas edições artistas renomados da cultura pop como Jenna Ortega, Elisabeth Moss, Mahershala Ali, FinnWoflhard entre outros. Atualmente, Isabela atua como editora de entretenimento da Bello Brasil, e atua na estratégia da revista em expandir seus horizontes para a América Latina.
O background e filmes
“Meu background em filmes e cinema experimental está sendo meu diferencial no campo da moda, porque nela não há a necessidade linear do cinema narrativo. A aura criada pela imagem vale muito mais do que diálogos e arco narrativo, assim como o entendimento de paleta de cor é muito importante”, diz a cineasta e fotógrafa.
Os registros dos bastidores do L.A Fashion Week, e do Vegan Fashion Week, ambos realizados no mês de outubro em Los Angeles, assinados por Isabela foram ao ar pelo perfil da Bello Mag, revista onde atua como membro da equipe de criação e como produtora.
Veja algumas de suas fotografias durante a LA Fashion Week:
Até chegar à fotografia 35mm, Isabela Costa transitou pela faculdade de jornalismo na esperança de abordar questões reais da comunidade ao seu redor através de textos honestos e investigativos. No entanto, percebeu que por meio do cinema era possível criar universos distópicos que tocam as expectativas e ansiedades das gerações mais jovens.
“Nos pequenos cinemas de rua do Rio de Janeiro eu conseguia esquecer a realidade e manter a mente mais saudável. Até que descobri que as verdadeiras transformações sociais vêm da arte e finalmente decidi seguir o audiovisual. Com a bolsa de estudos ‘Lillian Disney’, mudei para Califórnia para obter o mestrado em Cinema/Vídeo do California Institute of the Arts”, revela a cineasta.
Durante esse período, escreveu, dirigiu, filmou e editou os curta-metragens Peixe Vivo / Living Fish (2022) e eternidade em loop/eternity on a loop (2021). As produções passaram pelos festivais dos Estados Unidos, Europa e China, como o Lausanne Underground Film & Music Festival, Brooklyn Film Festival, Atlanta Film Festival, ARFF Berlin, Lift-Off Paris, Aesthetica Film Festival e muitos outros.
“Meu trabalho vive uma constante transição entre experimental e narrativo durante esses últimos quatro anos. Sinto a necessidade de me reconectar com a magia da tela grande e dos programas de TV que tanto me ajudaram durante minha adolescência e início dos vinte anos, em paralelo a minha exploração não convencional da imagem”, avalia.
Um curta para em breve
Para o futuro breve, Isabela Costa está nos últimos retoques de seu curta Ana e Oto, filmado inteiramente em 16mm no Rio de Janeiro. O filme aborda a relação de codependência entre dois amigos, que escolhem a alienação para evitar o tédio a todo custo. Isabela também está montando um documentário com traços ficcionais chamado Somewhere Else. O filme explora a vivência de artistas femininas de diversas culturas, como França, Brasil e Índia em Los Angeles. As artistas fazem parte de seu núcleo social nos Estados Unidos e discutem ideias desde política até família. Somewhere Else é uma homenagem a grupos de suporte entre mulheres e um questionamento sobre o início da vida adulta. Algumas fotos dos dois filmes já estão disponíveis: