Produtores da região de Rio Verde GO estão utilizando a nova ferramenta da Monsanto, Field View para facilitar o dia a dia.
O produtor Felipe Schwening, de Rio Verde, é um dos que estão testando o Field View. Para ele, o diferencial, por enquanto, é a agilidade da plataforma. Felipe conta que já trabalhava com os softwares das próprias fábricas de maquinário. No entanto, tinha que baixar os relatórios um por um. “E como essa época é muito corrida, quase sempre eu pegava esses mapas só no final do plantio. Então, até conseguia ver, mas já tinha passado”, acrescenta.
Neste ponto, a ferramenta da Monsanto facilitou o dia a dia dele, porém, no geral, ainda traz mais dúvidas do que respostas. A companhia procurou adaptar o programa à realidade dos produtores brasileiros, contudo, numa interface que parece tão pessoal, Felipe acredita que o software poderia ir além no ‘quesito’ personalização, incorporando ferramentas de gestão e controle de gastos, por exemplo.
A essa demanda, a Climate Corporation abre a possibilidade para que o Field View, no futuro, seja uma plataforma aberta, assim como as lojas de aplicativos para smartphones, em que os usuários podem cadastrar seus próprios programas. De restante, o agricultor ainda espera os resultados. Quem sabe após a colheita: “acho que essa ferramenta está no começo. O custo-benefício, a gente ainda não viu. Agora é que vamos cruzar as informações do plantio com a colheita, para fazer um planejamento mais adequado no próximo ano. São respostas que a gente não tem, estamos só com as perguntas.”
Outra dificuldade é a internet. Ou a falta dela. Se, na cidade, o serviço já levanta bastante reclamação, no campo, muitas vezes, ele sequer existe. Por isso, diferentemente dos EUA, por aqui, os produtores não conseguem fazer o acompanhamento em tempo real. O serviço acaba ficando para o dia seguinte. “É um grande desafio, há vários obstáculos para ter um bom desempenho mesmo sem internet”, reconhece Jim Ethington, vice-presidente de produto da Climate Corporation. “Mas a máquina não perde nada. E vamos trabalhar com parcerias, algo num formato de combinação entre wi-fi, rádio, 4G”, completa.
Que toda revolução tem seus percalços, isso é certo. Todavia, para quem viu “algumas” acontecendo, ao vivo, o final costuma valer à pena. “Antes era um sofrimento!”, brinca seu Wilmo Orlando. “Compramos um tratorzinho e fomos aumentando, aumentando e hoje chegamos, estamos bem. Agora é bom demais”, arremata.
Fonte parcial: http://www.gazetadopovo.com.br
Créditos: Flávio Bernardes