Home Ecoverde Reduzindo a energia – como gerenciar a pegada de carbono das TICs

Reduzindo a energia – como gerenciar a pegada de carbono das TICs

por Agência Canal Veiculação

Estudos recentes estimam que a Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) é responsável por mais de 10% do consumo de energia do mundo – e à medida que evolui, é provável que passe a usar cada vez mais. O consumo varia – recarregar um smartphone ou um tablet requer pouquíssima eletricidade, porém assistir a uma hora por semana de vídeo em um aparelho móvel consome mais eletricidade que o uso de dois refrigeradores por um ano. Isso se deve à energia dispensada para ligar e depois desligar os servidores de vídeo de um datacenter, além do consumo do equipamento de rede.

No entanto, graças aos avanços em eficiência energética para as TICs – que dobraram a cada um ano e meio, pelos últimos seis anos – os telefones e tablets de hoje, reconhecidos pelo baixo consumo, usam cada vez menos energia – 2kWh e 12kWh, respectivamente. Por outro lado, há milhões deles em uso todos os dias.

O datacenter é a área das TICs mais faminta por energia – estima-se que eles consumam entre 1 a 2% da energia do mundo – e uma pesquisa recente mostrou que o custo com energia e disponibilidade são as principais preocupações entre os operadores de datacenter. As TICs, como um todo, respondem por mais de 830 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2), colocando-as junto à indústria de aviação para emissões de CO2 globais.

Por isso, a pegada de carbono das TICs não pode ser ignorada e deve ser vista como um desafio. O Bell Labs conduziu uma pesquisa de tendências energéticas para o mundo sempre online de hoje e previu que, em 2017, teremos mais de 3,9 bilhões de usuários de internet, levando a um crescimento de 400% em tráfego de dados e de 720% para vídeos. Com isso, a eficiência energética das TICs nunca foi tão importante.

 

Como podemos, neste contexto, torná-las mais eficientes?

As soluções existem e, à medida que as companhias de tecnologia se conscientizam sobre a importância deste problema, elas adotam as medidas apropriadas. Já foi dito, por exemplo, que uma grande economia de energia pode ser alcançada trocando as aplicações de negócios para ambientes em nuvem. A realocação de espaços de servidores pequenos e ineficientes e dos serviços hospedados localmente para a nuvem pode reduzir os custos com energia em 87%. O uso de servidores compartilhados e baseados na nuvem permite o uso compartilhado de energia e, como efeito, faz para a energia usada na computação o que a carona compartilhada faz para as emissões da indústria de automóveis.

Outras maneiras de fazer com que os datacenters se tornem espaços mais eficientes e que têm impacto direto sobre a pegada de carbono são a gestão do fluxo de ar, uso minimizado de ar condicionado e implementação de free cooling – técnica que explora a existência de diferenças de temperatura entre ambientes, para a produção de refrigeração.

 

O impacto da Internet das Coisas e mais

O advento da Internet das Coisas (IoT) também pode ter um efeito positivo. Opções possibilitadas pela tecnologia, que passaram a surgir graças a evolução da própria tecnologia, incluem aplicativos móveis como soluções de videoconferência e gestão de prédios inteligentes via M2M – ambos com impactos ambientais positivos. O efeito geral do IoT é também projetado como positivo, com novas soluções como as citadas acima cortando em mais de 16,5% as emissões de gases – uma redução de 9,1 giga toneladas de CO2 até 2020.

Além destas soluções, a tecnologia está inventando novas formas de tornar o mundo, como um todo, mais verde. As TICs tornaram possível o desenvolvimento da tecnologia smart grid, possibilitando à internet transportar grandes quantidades de energia de dados para fazer com que o acelerado desenvolvimento urbano traga mais espaços para trabalhar e viver que sejam energeticamente eficientes. A já mencionada videoconferência contribui para a redução do número de voos para reuniões de negócios. Então, a internet tem um impacto de dois lados no meio ambiente e na sua própria pegada de carbono: encontrar maneiras de usar a tecnologia de forma mais inteligente e inventar soluções novas e mais verdes a todo momento.

Gigantes da indústria de tecnologia já se comprometeram com políticas verdes e investem constantemente em iniciativas ambientais. À medida que a tecnologia continua a evoluir, o ônus está nas TICs que devem se fazer cada vez mais verdes, para o bem de todos.

 

 

José Renato de Mello Gonçalves

Diretor de Vendas Brasil da Orange Business Services

José Renato tem mais de 15 anos de experiência nas áreas de Tecnologia da Informação e Telecomunicações, trabalhando em grandes organizações.

Na Orange já foi gerente de contas sênior por 5 anos, administrando duas das principais contas brasileiras, além de ser responsável por desenvolver parcerias estratégicas.

Ao longo de sua carreira, José Renato implementou estratégias de crescimento de negócios em mercados corporativos ou por meio de desenvolvimento de canais. A combinação de seus conhecimentos em TI e Telecom com habilidades de liderança e relacionamento faz dele um especialista em Comunicação Unificada.

O diretor é formando em Engenharia, possui MBA em Marketing pela ESPM e é fluente em inglês, espanhol e português.

 

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