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Quatro previsões de tecnologia verde para 2017

por Vinicius Fernandes Felipe
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Rob Bernard, Chefe de Estratégia Ambiental da Microsoft

Refletir sobre as coisas boas e ruins do ano que passou e o que esperar em 2017 é um bom exercício. Como Chefe de Estratégia Ambiental da Microsoft, sou incentivado pelo progresso feito em algumas questões ambientais durante o último ano, mas ainda há muito o que fazer. Apesar da crescente urgência em relação a muitas questões ambientais, continuo otimista em relação ao futuro.

Talvez o avanço mais notável no ano passado tenha sido a entrada em vigor do Acordo de Paris sobre as mudanças climáticas. Cidades, países e empresas em todo o mundo estão focando seus esforços em como definir e executar seus planos de reduzir as emissões de carbono. Também vimos um aumento da procura das empresas por energia renovável em 2016, tanto nos Estados Unidos quanto no mundo, outro indício animador. Na Microsoft, definimos nossa própria meta de utilizar 50% da energia em nossos datacenters de fontes eólicas, solares e hídricas. No final de 2016, ficamos felizes em registrar que estamos no rumo não apenas de atingir nossa meta, mas também de criar novos modelos financeiros e tecnológicos que possam acelerar o ritmo de adoção de energias renováveis.

Em 2017, espero que possamos ver um progresso contínuo em relação à energia e um foco crescente em áreas não-energéticas. Quando nós na Microsoft pensamos no Ano Novo, esperamos ver algumas mudanças nas abordagens e investimentos realizados em todo o mundo.

 

1. IoT e computação em nuvem começarão a transformar o gerenciamento de energia das concessionárias

Infraestruturas envelhecidas já estão sob pressão e o acréscimo de mais energias renováveis só vai agravar o estresse sobre as estruturas existentes. À medida que energias mais limpas se tornam disponíveis, junto com recursos distribuídos como veículos elétricos e telhados solares, as concessionárias enfrentam um grande desafio – como gerenciar uma rede mais complexa de geração de energia e dispositivos de armazenamento de energia. Em 2017 veremos um aumento dos investimentos das fornecedoras de energia em tecnologias para aproveitar os dados, utilizando soluções de Internet das Coisas (IoT) e computação em nuvem, para tornar o gerenciamento de energia mais previsível, flexível e eficiente.

Em países em desenvolvimento, vemos uma tendência diferente, mas uma que também está sendo acelerada por IoT e computação em nuvem. Nesses mercados, os dados estão sendo utilizados para acelerar a distribuição, vendas e gerenciamento de microgeradores solares para permitir que as casas possuam tanto eletricidade quanto conectividade com a internet. 2017 deve ser um ano interessante com ainda mais crescimento à medida que o investimento de capital nesses mercados aumenta e os preços de armazenamento de energia caem.

 

2. A água emergirá como o próximo grande desafio ambiental em escala mundial

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A escassez de água está aumentando em muitas áreas do mundo. Nossos oceanos estão ameaçados pela poluição, acidificação e aumento de temperaturas. Já vimos os efeitos devastadores em paisagens icônicas como a Grande Barreira de Corais. E essa tendência está colocando os alimentos, a água e os abrigos das pessoas em risco. Em 2017, a atenção sobre esses desafios aumentará. Começaremos a entender melhor o que está acontecendo com nossa água por meio de sensores e computação em nuvem. Nossa habilidade de aproveitar tecnologias como mapeamento e sensores avançados aumentarão e expandirão nosso entendimento do que está levando ao declínio de muitos de nossos importantes sistemas de água.

 

3. Os dados serão cada vez mais utilizados para entender melhor o planeta

Os dados são essenciais para o monitoramento e o gerenciamento dos recursos da Terra e dos frágeis ecossistemas. Há muito que não entendemos o planeta, mas testemunhamos um número cada vez maior de empresas e investimentos fluindo na direção de ferramentas e plataformas de desenvolvimento que permitem um melhor mapeamento e entendimento do armazenamento de carbono da Terra e a poluição do ar, dos ecossistemas e dos valores associados fornecidos por eles. Esperamos ver os dados serem aplicados de forma mais proativa para criar um entendimento de como podemos gerenciar melhor comida, água, biodiversidade e mudanças climáticas.

 

4. Organizações e legisladores começarão a aproveitar as tecnologias baseadas em nuvem

Essa área é provavelmente a mais difícil de tentar prever. Enquanto países começarão a implementar seus planos de ação sob o Acordo de Paris, não é fácil prever os métodos que cada um usará e priorizará para progredir nos compromissos firmados pelo acordo. E as mudanças acontecerão não apenas a nível nacional. Cada vez mais, veremos cidades e governos locais avançando com a implantação de tecnologias para melhorar a eficiência e a prestação de contas, assim como mudanças de política. Já aproveitamos a aprendizagem de máquina e a inteligência artificial para modelar e entender os potenciais impactos de mudanças legislativas, além de oferecer nossas tecnologias para nossos parceiros do setor público conforme eles trabalham para realizar seus planos. Embora seja provável que isso leve vários anos para ser concretizado, haverá um aumento da atenção sobre o papel da tecnologia nas políticas ambientais em 2017.

Embora existam muitos desafios à frente em diversas áreas da sustentabilidade, permaneço otimista. O número de pessoas e organizações que estão focadas nessas e em muitas outras áreas de sustentabilidade garante que continuaremos a fazer progressos em 2017. Na Microsoft, estamos comprometidos a trabalhar com nossos clientes para ajudá-los a realizar mais por meio do uso de nossas tecnologias. Todos – empresas, países, indivíduos – têm muito trabalho a fazer. Acreditamos que, ao trabalhar juntos, podemos ajudar a desenvolver soluções efetivas para solucionar os desafios ambientais que irão beneficiar nossos negócios, nossos clientes e o planeta. E estamos prontos para esse desafio.

Rob Bernard é Chefe de Estratégia Ambiental da Microsoft.

Fonte: Microsoft

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