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ESBR e Coppedesenvolvem robô para monitorar comportas stoplogs em hidrelétricas

por Agência Canal Veiculação

A Energia Sustentável do Brasil (ESBR) e a Coppe/UFRJ apresentam,na próxima sexta-feira, 18 de julho, o projeto de pesquisa e desenvolvimento (P&D) intitulado “Robô para Operação de Stoplogs Alagados (ROSA)”. Na cerimônia será formalizada a parceria entre a empresa e a Coppe/UFRJ, por meio da Fundação Coppetec. O evento, que contará com a participação do diretor da Coppe, Luiz Pinguelli Rosa; do diretor de Tecnologia e Inovação da Coppe, Romildo Toledo; do presidente da ESBR Victor Paranhos; do diretor de Operação da ESBR Isac Teixeira; e do gerente do Projeto Breno Bellinati, será realizada às 10 horas no auditório da Coppe, no Centro de Tecnologia 2 (CT 2) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)na Cidade Universitária.

O projeto ROSA prevêum sistema robótico subaquático, que está sendo desenvolvido pelos pesquisadores do Laboratório de Controle e Automação, Engenharia de Aplicação e Desenvolvimento (Lead) da Coppe. O projeto teve início em outubro de 2013 e está sendo financiado pela ESBR, responsávelpela construção e operação da Usina Hidrelétrica Jirau, no Rio Madeira, em Porto Velho (RO), através do Programa de P&D (PD-6631-0002/2013) da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), com investimento em torno de R$ 4,3 milhões.

Robô reduzirá riscos e otimizará operação

Ao monitorar a operação de inserção e retirada dos painéis da comporta de manutenção (Stoplogs), o robô reduzirá riscos e otimizará o processo, reduzindo o tempo de parada de máquinas. “Ao substituir mergulhadores na operação, o robô ROSA poupará tempo,proporcionará economia e irá garantirmaissegurança.Cada mergulhopode durar de 24 a 48 horas, o que torna a operaçãomaislenta e arriscada, devido ao fluxo da água no local gerado pelas turbinas adjacentes em funcionamento.”, explica o professor Ramon Costa, do Programa de Engenharia Elétrica da Coppe, coordenador do projeto.

“Trata-se de uma operação que está sempre sujeita a imprevistos, como a deformação de um trilho, por exemplo, que provocaa descida desigual de um painel e, dependendo do nível de inclinação, poderátravar. Fazer isso por meio de mergulhadores leva mais tempo e é perigoso. Como o robôfornecerá as informações sobre o nivelamento do painel ao operador, nada disso será necessário.”, explica Ramon Costa.

Para que ROSA cumpra sua missão, os pesquisadores do Lead da Coppe estão instrumentando o robô com sensores de ângulo, profundidade, inclinação, contato e sonar para que também possa mapear a superfície da represa. Com ele, o operador terá condições de saber tudo o que se passa durante o processode inserção e remoção de Stoplogs, podendo definir de forma segura a ação que deve ser tomada quando houver necessidade de interferência.

Outra tarefa de ROSA será cuidar da limpeza na base dos trilhos ou sobre o stoplog, onde é provável que o acúmulo de detritos também interrompa a operação. O robô será equipado com um sistema contendo dispositivo para jato d’água pressurizado, pronto para ser acionado pelo operador.

A concentração de detritos sobre um stoplog pode impedir sua remoção após o término do serviço de manutenção. Devido à sujeira, a viga pescadora não pode ser acoplada ao stoplog, que não pode ser içado e, por consequência,atrasa a recolocação da Unidade Geradoraao Sistema Elétrico Nacional. “Atualmente, toda essa operação de remoção é bastante dependente da perícia e experiência do operador do pórtico. Nosso robô também vai monitorar esse processo, de forma a possibilitar a ação mais precisa.”, explica o gerente do Projeto pela ESBR, Breno Bellinati.

 

Comofuncionará o sistema de monitoramento

Para medir dados detalhados sobre um atual status da operação com stoplog,os sensores do robô Rosa serão conectados a um equipamento eletrônicosubaquático embarcado. Esse equipamento fará um pré-processamento e transmitirá as informações para a superfície, por meio de um cabo umbilical. Os dados serão recebidos por um equipamento eletrônico de terra – constituído por um computador embarcado e um sistema de potência – que após processá-los fará a transmissão, via rede sem fio, para um tablet instalado na cabine do operador.

 

“O sistema tornará possível que o operador visualize os dados em uma interface gráfica e, com base nestas informações, poderá tomar decisões, otimizando a operação e evitando possíveis problemas.”, explica Ramon. Omesmo cabo umbilical será utilizado para transmitir energia elétrica da superfície para o equipamento eletrônicosubaquático.

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