Relatório apoiado e divulgado recentemente pela Organização das Nações Unidas (ONU) aponta que os custos dos danos ao meio ambiente e saúde em razão da produção primária e o processamento feito em setores como a agricultura, silvicultura, pesca, exploração de petróleo e gás, mineração e utilidades chegam a 7,3 trilhões de dólares por ano.
No próximo dia 5 de junho, a Comissão de Desenvolvimento Urbano da Câmara dos Deputados promove o Seminário Internacional Brasil/Argentina – “Indicadores de Saúde Ambiental para Metrópoles Saudáveis”. O encontro reunirá autoridades brasileiras e argentinas para discutir os progressos alcançados com o desenvolvimento do Programa Metrópoles Saudáveis e a identificação de novos rumos.
Custos – A maioria dos custos são derivados de emissões de gases de efeito estufa, 38%, seguido pelo consumo da água, 25%, do uso do solo ,24%, poluição do ar, 7%, poluição da água e do solo, 5%, e resíduos, 1%.
Para o presidente da Frente Parlamentar de incentivo à cadeia produtiva da reciclagem, o deputado federal Adrian (PMDB/RJ), a reciclagem é fator preponderante para diminuir esse montante. “A discussão sobre o reaproveitamento dos
recursos permite abrir novos caminhos e apontar novas soluções para a diminuição do impacto desses custos”, avalia o parlamentar.
Brasil – Sobre o Brasil, o relatório atentou para o fato de que 70% do desmatamento no país ser causado pela pecuária, utilizando dados de 2006 da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO). Devido
à magnitude do uso da terra para criação de gado no país e do alto valor dos serviços dos ecossistemas da terra virgem utilizada na América do Sul, o impacto da pecuária na região é especialmente elevada.
O deputado federal Adrian, autor do requerimento de criação do seminário, reforça que o encontro deve debater a degradação do meio ambiente e apontar novas soluções para minimizar os impactos negativos sobre a natureza e minimizar
os custos dos danos ao meio ambiente.