Home Dicas Sistema antifraude | como escolher o adequado?

Sistema antifraude | como escolher o adequado?

por Paulo Fernandes Maciel

Confira 4 dicas para escolher um sistema antifraude para e-commerce

O cenário atual do e-commerce brasileiro é uma fonte de oportunidades para varejistas, empreendedores e investidores, que concentram cada vez mais esforços e recursos em lojas virtuais e necessita de um bom sistema antifraude.

O problema, no entanto, é que fraudadores também enxergam muitas possibilidades neste cenário de crescimento, tornando inimaginável a existência saudável de um e-commerce que não conte com um sistema antifraude eficiente – e saber como escolhê-lo é fundamental.

No entanto, é normal que surjam algumas dúvidas na hora de escolher um sistema antifraude eficiente para lojas virtuais.

Por isso, algumas dicas são importantes.

Fazer bom uso das ferramentas e sistema antifraude atualmente disponíveis pode ser a chave para garantir o desenvolvimento saudável do negócio

Valorize os indicadores

O combate a fraudes depende, basicamente, do equilíbrio de três grandes indicadores relacionados:

O prejuízo direto, o tempo de resposta da análise e a quantidade de aprovações.
Isso quer dizer que, tão importante quanto evitar perdas financeiras provenientes da fraude é ser rápido para tomar decisões de aprovações e reprovações, bem como ter eficiência suficiente para saber que bons consumidores têm sua boa experiência de compra preservada.

Vale ressaltar que os danos de imagem à marca causados por consumidores insatisfeitos podem ser tão grandes quanto os causados por eventuais fraudes que não forem barradas pela plataforma antifraude.

Busque equilíbrio entre tecnologia e mão de obra especializada

A fraude pode ser muito complexa, e lutar contra fraudes pode ser, portanto, bastante difícil.

Mesmo transações com altíssima propensão à fraude podem ser legítimas e, por isso, simplesmente analisar dados da transação, sem enxergar outras informações (como o comportamento de compra do consumidor), não é o suficiente.

A qualidade da decisão depende da implementação de processos específicos na solução antifraude, que incluem retroalimentação de modelos estatísticos e classificação da variável-resposta para diferentes tipos de fraude, uso encadeado de tecnologia especializada de behavior analytics e identificação de dispositivos, além de uma base de dados com visão ampla de diferentes mercados.

A amarração de tudo isso deve ser feita em uma complexa estrutura de inteligência artificial e machine learning, a qual usará todas essas informações para identificar padrões de ataque.

O fraudador é um especialista em camuflagem e se adapta continuamente.

Identificar transações fraudulentas requer uma infinidade de recursos de inteligência artificial e conhecimento humano superespecializado, para interpretar os sinais mais sutis que caracterizam uma fraude.

Fuja da visão limitada

Algumas empresas que se dizem especialistas em combate a fraudes só enxergam, na verdade, um pequeno pedaço do ecossistema que envolve as fraudes.

A visão de um gestor interno, por exemplo, se limita às fraudes sofridas pela empresa, e não enxerga fraudes que ocorreram em outros players do mercado.

Esta limitação resulta na impossibilidade de prever novos ataques, que seriam facilmente identificados quando se tem uma visão mais ampla da atuação dos fraudadores, prejudicando o sistema antifraude como um todo.

Empresas especialistas precisam ter uma visão ampla, que possibilite identificar rapidamente ataques em diversos pontos ao mesmo tempo.

Não subestime o fraudador

A fraude não é um evento isolado e tampouco resultado da ação de amadores.

Existe um universo de fraudadores que atuam de forma coordenada e utilizam brechas em processos e ferramentas de análise antifraude para obter sucesso.

Eles atuam em grandes varejistas e pequenas lojas de e-commerce, bancos e instituições financeiras – que fornecem serviços de empréstimos ou emissão de cartões de crédito –, empresas de telecomunicações, etc.

Não raras as vezes, são quadrilhas especializadas e com criminosos que têm conhecimento profundo em ferramentas modernas de tecnologia, o que exige um olhar profissional e especializado por parte de quem vai combatê-los.

Cenário da fraude no Brasil

Para se ter uma ideia, somente em 2019 o comércio eletrônico do país deixou de ganhar R$ 1,9 bilhão com prejuízos causados por fraudes, em um crescimento de 36% em relação a 2018, segundo a mais nova edição do Mapa da Fraude da ClearSale.

O documento é um levantamento completo, realizado anualmente pela companhia, com a análise de janeiro a dezembro sobre as tentativas de fraudes.

O estudo mostra que, no varejo eletrônico brasileiro atual, a cada R$ 100 em compras realizadas, R$ 3,47, em média, são tentativas de fraudes.

“O valor da compra é uma variável importante para determinar o risco da transação, uma vez que os pedidos fraudulentos costumam ter um valor maior do que a média do e-commerce.

Em 2019, o ticket médio dos pedidos suspeitos foi de cerca de R$ 1 mil”, explica Omar Jarouche, diretor de soluções da Clearsale.

Você também pode gostar

Deixe um Comentário

Ao navegar neste site, você aceita os cookies que usamos para melhorar sua experiência. Aceito Mais informações