Maratona em Florianópolis desafia estudantes a criarem jogos digitais em 48h
Florianópolis/SC – Alunos dos cursos de Design de Jogos e Entretenimento Digital da Universidade do Vale do Itajaí (Univali) participam, entre os dias 21 e 23 de setembro, da maratona de programação Game Jam, que ocorre no Campus da Universidade do Vale do Itajaí (Univali), localizado às margens da rodovia SC 401, no bairro Saco Grande, em Florianópolis.
Game Jam ocorre, entre os dias 21 e 23 de setembro, no Campus da Univali
A atividade é um desafio no qual os participantes terão 48 horas para desenvolver, em equipes, projetos de desenvolvimento de jogos digitais com base em um tema surpresa, designado apenas no início da atividade.
Ao final, será realizado o julgamento e premiação dos participantes vencedores.
Outras informações: (48) 3332-2504, com a coordenação dos cursos de Design de Jogos e Entretenimento Digital.
(48) 3332-2524 – www.univali.br
Mas, afinal, o que são Game Jams?
Créditos: Rafael Dias.
Game Jams são encontros de desenvolvedores de jogos com o objetivo de criar um jogo do zero em pouco tempo.
No geral, as Game Jams duram entre 12 horas e alguns poucos dias. Elas podem ser presenciais ou online.
Os participantes da Game Jam se dividem em pequenas equipes de desenvolvimento (geralmente entre 4 e 6 membros cada) que vão competir entre em si para criar o melhor jogo.
Todas as equipes devem criar um jogo do zero e com a mesma temática. O tema da Game Jam é proposto logo antes dela começar, para garantir que todas as equipes realmente comecem do zero.
Cada equipe precisa criar protótipos rapidamente para conseguir validar diferentes ideias de jogo.
O tempo é curto e gastar muito tempo numa ideia medíocre pode ser fatal.
Esse é um processo riquíssimo de Game Design, onde vários conceitos precisam ser testados e descartados rapidamente afim de encontrar, em tempo hábil, uma ideia de jogo que valha a pena ser desenvolvida.
É mesmo possível criar um jogo em poucos dias?
Sim, com certeza. E ao contrário do que talvez você esteja pensando, isso não tem a ver necessariamente com alto nível de habilidade técnica.
Na verdade, Game Jams são recomendadas até mesmo para pessoas com conhecimento técnico básico ou intermediário.
Mas, afinal, como isso é possível?
A resposta vem em 3 letras: MVP.
MVP é uma sigla muito comum em empreendedorismo e que significa Minimum Viable Product, ou “Produto Viável Mínimo”, em tradução livre.
Um MVP nada mais é que um produto que possui apenas as suas principais funcionalidades.
Os grandes “produtos” da internet como Instagram, Tumblr, WordPress e até mesmo o Facebook nasceram como MVPs. Suas primeiras versões tinham apenas as suas funcionalidades centrais. O mínimo necessário para testar a ideia.
Pense no Instagram, por exemplo. O seu MVP é apenas um site onde você pode subir fotos e seguir outras pessoas. Um site desse tipo pode ser feito em apenas 1 dia por um desenvolvedor habilidoso.
O MVP serve para testar a demanda do mercado. Ou seja, ver se alguém vai se interessar pelo seu produto.
Mas o que isso tudo tem a ver com Game Jams?
Poucas vezes eu ouvi alguém fazendo esse paralelo, mas nas Game Jams as equipes criam MVPs.
Cada jogo criado em uma Game Jam possui apenas as principais funcionalidades e recursos necessários para se testar o conceito do jogo.
Jogos produzidos em Game Jams são, portanto, uma versão “super enxuta” de tudo que o jogo pode ser.
Bem, agora que você já entende que os jogos criados em Game Jams são MVPs, ainda resta uma dúvida bem prática: