Embora esteja em constante evolução, a internet já coleciona alguns marcos históricos desde sua criação, e agora muitos deles podem ser visitados em um museu – online, obviamente –, criado por três holandeses: The Big Internet Museum. Entre as atrações estão a ARPAnet, que deu origem à rede, o email, IRC e ICQ (os vovôs do MSN, Gtalk e Skype), o spam e até mesmo os emoticons.
Para os que viram a WWW (World Wide Web) nascer, é uma viagem no tempo, e para as gerações mais novas, acostumadas ao mundo dos tablets, trata-se de uma oportunidade de entender como chegou-se até aqui em tão pouco tempo.
“Nós não temos um prédio. A razão é simples: nossa coleção só existe online. Fora isso, somos um museu como qualquer outro –com curadores, uma coleção permanente diversificada, exposições temporárias, diferentes alas, doações, e mais. Talvez possamos até abrir uma loja de souvenirs no futuro”, diz um anúncio dos criadores Dani Polak, Joep Drummen e Joeri Bakker no site: Clique www.thebiginternetmuseum.com.
Curiosamente, a página de abertura diz que o local tem entrada gratuita, e que está aberto constantemente, sete dias por semana, 24 horas por dia, mas estará fechado durante o Carnaval no Brasil, “por razões óbvias”.
O museu também dá a possibilidade de o usuário se transformar em um dos curadores, ao mover objetos que acha mais importantes na coleção, além de enviar sua própria entrada para a exposição, com algo que julgue relevante na história da rede.
Alas especializadas
“O museu tem sete alas especializadas. Por exemplo, na ala de história os visitantes descobrem os primeiros testes com a ARPAnet [primeiro “sistema operacional” da internet antes da criação da WWW]”, explicam os criadores.
Na ala “meme”, encontram-se fenômenos virais como Chuck Norris, que em 2005 foi criticado por sua suposta dureza, e o Nyan Cat, uma animação de um gato feita em 8 bits ao ritmo da canção “Nyanyanyanyanyanyanya”.
Entre as exposições temporárias, a agência britânica de produção de conteúdo digital MediaMonks prepara uma mostra especial sobre o Adobe Flash – plataforma multimídia para agregar animações, vídeos e interatividade.
Em sua resenha sobre o museu, o blog especializado em tecnologia The Verge diz que “apesar de ser uma boa maneira de refrescar a memória sobre as coisas que havíamos esquecido”, as exposições “não oferecem a possibilidade de ver de perto os curiosos objetos físicos da história da internet”.