Mais de dois milhões e meio de pessoas estão na bolsa de valores hoje, número que cresce diariamente e está mudando a forma que o brasileiro investe. Das mesas de bares aos encontros de família, falar sobre ações e bolsa de valores nunca foi um assunto tão natural.
Nem mesmo os tempos difíceis da pandemia intimidaram esses números, segundo a B3, de março a julho foram 900.000 brasileiros migrando seu dinheiro para o mercado de ações, e a bolsa correspondeu com uma recuperação ágil depois de dias difíceis no início do confinamento.
Segundo Bruno Hora, cofundador da Investsmart, existe explicação para essa enxurrada de pessoas indo para a bolsa:
“Tirando da equação a pandemia e a crise de saúde e econômica que estamos vivendo, existe uma tempestade perfeita a favor da bolsa de valores que eu separaria em 2 grandes tópicos:
Juros no Brasil: a nossa taxa Selic está na sua mínima histórica, para o investidor tradicional de poupança e renda fixa isso significa que seus investimentos vão girar em torno de 2% ao ano, lembrando que essas pessoas estavam acostumadas a ver seu dinheiro crescendo 1% ao mês no banco sem nenhuma dificuldade e muito pouco risco, esse cenário não existe mais.
Investir na bolsa era considerado uma empreitada de especuladores e de pessoas que queriam assumir grandes riscos para enriquecer, hoje em dia não existe mais alternativa conservadora para o investidor tradicional continuar vendo seu patrimônio aumentar como era no passado a não ser olhando para lugares como a bolsa de valores.
Informação acessível: nunca foi tão fácil obter informação sobre algo, aprender algo novo ou escutar opiniões sobre algo que tem curiosidade, a facilidade de acesso a informação quebrou muitas barreiras e paradigmas. Com a Bolsa de Valores não foi diferente, é um assunto muito presente nas redes sociais e na mídia em geral, desperta a curiosidade de pessoas de todas as faixas etárias e a internet desmistifica muitas impressões erradas sobre esse tipo de investimento.
Sim, investir em ações exige tolerância a risco e estomago, mas se feito de forma consciente e disciplinada, é sem dúvida um dos melhores investimentos para o brasileiro.”
Corretoras e assessores de investimentos têm feito seu papel e disseminando educação financeira pelo país, cada vez mais novas empresas se lançam na bolsa e falar de dinheiro é algo muito mais natural hoje do que antes.
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