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Reabertura de escritórios: protocolos de higiene de tapetes, carpetes e capachos

por admin

No momento em que as empresas retomam operação presencial e precisam preservar a saúde dos colaboradores, um time multidisciplinar de profissionais se une para promover estudos sobre a usabilidade de tapetes, carpetes e capachos, bem como validar e promover as melhores práticas de manutenção e higiene. O trabalho faz parte das atribuições da Câmara Técnica de Revestimentos de Pisos Corporativos e Residenciais criada pela ABRITAC – Associação Brasileira das Indústrias de Tapetes e Carpetes – com o objetivo de unir a cadeia produtiva que movimenta R$ 1 bilhão por ano, e facilitar a troca de informações entre os representantes do setor.

Entre os temas defendidos pela equipe, com atuação de nível técnico e científico, quando bem cuidados, esses revestimentos não são vilões, mas sim, aliados da boa qualidade do ar e do conforto térmico e acústico nos espaços corporativos. Além do papel estético e decorativo, tapetes, carpetes e capachos são fundamentais para abafar ruídos, sobretudo em locais com grande fluxo de pessoas. Também ajudam a compor ambientes mais aconchegantes, minimizando a necessidade de aquecimento artificial.

Mas o que a maioria das pessoas não sabe é que, quando são devidamente higienizados e recebem uma manutenção cuidadosa, eles ajudam, inclusive, a filtrar poluentes e outros resíduos, que ficam suspensos no ar e são causas de alergias e outros transtornos respiratórios. Segundo o médico patologista da Universidade de São Paulo de Ribeirão Preto, Alexandre Fabro, roupas e cobertores guardados no armário não são menos perigosos do que um tapete malcuidado, pois, mesmo quando lavados, dentro do armário eles podem acumular fungos e outros microrganismos.

“É normal, no inverno, as pessoas terem alergias ao usarem blusas de lã há meses guardadas”, diz. Para o médico, que inicia com a Câmara um trabalho de pesquisa inédito no Brasil – e sem literatura especifica em outros idiomas -, existem mitos relacionados aos revestimentos. Até pisos frios acumulam poeira. “O problema não está no revestimento, mas na forma de higienização”, alerta. Quanto à transmissão de doenças, especialmente o novo Corona Vírus, Fabro ressalta que é mais fácil se ter contato com secreções infectadas pelas mãos do que pelos pés.

Por exemplo: uma pessoa contaminada, ao espirrar, cobre o nariz com as mãos. Se imediatamente ela tem contato com uma superfície, que pode ser desde uma mesa, corrimão ou botão do elevador, até a porta da geladeira ou a cafeteira da empresa, a chance dessa superfície ficar contaminada é grande. Por outro lado, partículas em suspensão no ar tendem a ser retidas nas fibras do carpete e podem ser totalmente eliminadas um uma limpeza correta.

Engenheiro civil e diretor da Conforlab, Leonardo Cozac é especialista em análise do ar e concorda com o pesquisador da USP. Ele acrescenta que a higienização de tapetes, carpetes e capachos deve seguir protocolos de limpeza que assegurem a melhor performance e durabilidade dos produtos e, ao mesmo tempo, proporcionem um ambiente laboral saudável aos colaboradores.

Reunir estes protocolos, no primeiro guia oficial de melhores práticas de manutenção de carpetes e tapetes, é o objetivo final da Câmara. Paulo Jubilut, CEO da milliCare Brasil – uma das líderes globais de higienização de carpetes – e coordenador da Câmara – o planejamento e rotinas de higienização, claramente estabelecidas, são essenciais para o total aproveitamento das qualidades dos revestimentos têxteis e o prolongamento da sua vida útil. “Não é porque existe o álcool gel que você pode deixar de lavar as mãos. Com carpetes e tapetes é o mesmo. Soluções emergenciais resolvem o momento, um plano de higienização regular e customizado, sim, evita a emergência, em qualquer contexto – durante ou pós pandemia. Esta é a didática que vamos oferecer”, diz ele.

Website: http://www.abritac.org.br/

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