O Grupo Wheaton, líder nacional no fornecimento de embalagens de vidro para os segmentos de perfumaria, cosméticos e farmacêuticos, realizou uma parceria para utilizar um acabamento antiviral em suas embalagens. A tecnologia inativa até 99% do Adenovírus humano-5 e cepa murina de Coronavírus utilizados como modelos virais para o desenvolvimento. A novidade é inédita no setor brasileiro.
O acabamento antiviral é uma tecnologia que foi testada e aprovada por laboratório de virologia aplicada e pesquisa, preconizado pela ISO 21702-20195.
Renato Massara Júnior, diretor Comercial e de Marketing da Wheaton, explica que o acabamento poderá ser aplicado em toda e qualquer embalagem. Ele defende que a tecnologia é uma grande solução para o mercado.
“A Wheaton sempre pensou em seus produtos a partir da inovação e sustentabilidade como guias. Por isso, uma das ideias é adicionar essa tecnologia a testers e demonstradores de lojas, que são manipulados de forma intensa pelos clientes. Levar mais essa camada de segurança para as pessoas é um motivo de bastante orgulho e uma ótima notícia”, afirma.
“Essa é uma solução tão importante, que a partir da nossa aplicação em embalagens é possível que ela chegue em outros setores que também utilizam o vidro. É possível imaginar que no futuro próximo, por causa da experiência que tivemos com a pandemia em 2020, a utilização de soluções como essa acabe virando um padrão”, complementa.
Como funciona
Kleber Von Dentz, diretor da Glass Coating (fabricante de tintas e vernizes), empresa parceira da Wheaton e responsável pelo fornecimento do produto que utiliza nanotecnologia com partículas sólidas para combater os vírus, explica que o acabamento antiviral inativa inclusive a família do coronavírus.
“Nós nos aprofundamos e realizamos uma pesquisa que durou cerca de quatro meses em relação a esta tecnologia. O produto funcionou nos testes, recebeu certificação e por isso já pode ser utilizado no mercado. A nossa intenção nesse momento é viabilizá-lo para o maior número possível de produtos, já que o benefício para a saúde pública é incalculável”, salienta.
O executivo pontua que o acabamento aplicado sobre as embalagens funcionará como uma camada de segurança para as pessoas que manipularem o objeto que receberá o acabamento.
Ele comenta que a ação antiviral já está sendo utilizada em outros setores, como o hospitalar. Contudo, para o segmento de perfumaria e cosméticos essa é uma novidade que pode ser considerada “revolucionária”.
Kleber explica ainda, que as possibilidades de uso desta tecnologia no vidro são enormes, já que pode ser utilizada tanto em produtos coloridos como em produtos flints (incolores).
“A nossa expectativa é bastante alta porque os benefícios que esta inovação pode proporcionar são muitos. Depois deste trabalho árduo estamos satisfeitos por estarmos contribuindo de alguma maneira para ajudar o mundo a sair desta situação difícil que ainda está vivendo”, finaliza.