Escócia terá a primeira usina eólica offshore flutuante do mundo
Em vez de serem fixadas ao fundo do mar, as turbinas serão ancoradas usando cabos.
A energia eólica offshore, que são turbinas eólicas instaladas nos oceanos, vem crescendo velozmente nas últimas décadas. Porém, sua aplicação tem se limitado a áreas onde o fundo do mar é relativamente superficial, e onde é fácil construir fundações para essas turbinas gigantescas.
Pensando nisso, a Statoil e a Masdar, multinacionais do setor de energia, se uniram para a criação de turbinas eólicas offshore que funcionam de forma diferente. Em vez de serem fixadas ao fundo do mar, elas são ancoradas usando cabos que permitem que ela flutue com uma certa estabilidade. Isso significa que os parques offshore poderão ficar localizados em águas mais profundas, abrindo muitas mais áreas onde as condições de vento são favoráveis, onde não interferem na paisagem do litoral e onde as rotas de migração de aves são menores.
Outra vantagem da tecnologia é que elas serão desenvolvidas em larga escala, podendo ter seus custos reduzidos. Segundo Sami Grover, do site TreeHugger, os custos da energia eólica offshore já estão em queda em relação às expectativas, e alguns defensores argumentam que as turbinas flutuantes serão ainda mais econômicas. As fundações são mais caras de serem fabricadas, mas muito mais fáceis de instalar, economizando tempo na água. Outro benefício é que seu movimento com o vai e vem das ondas deve reduzir as vibrações, o que talvez diminua custos com manutenção.
O parque eólico piloto ficará a 25 km da costa de Peterhead, na Escócia, e ocupará cerca de quatro quilômetros quadrados em águas com profundidade entre 95 e 120 metros. A velocidade média do vento nesta área do Mar do Norte é de cerca de dez metros por segundo.