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Tecnologia e Marketing: uma junção que garante a paz na guerra pelo consumidor

por Plantão da Redação

A interação entre tecnologia e marketing transformou o relacionamento entre marcas e consumidores e criou novos modelos de comunicação. E as empresas que não perceberem e se adequarem a esta tendência estarão “fora do jogo”.

Palavras de Cesar Paz, Engenheiro Mecânico, sócio-fundador da AG2 Publicys e investidor anjo de diversas startups, que palestrou no primeiro Mesas TI de 2016, realizado nesta sexta-feira, 18, no Hotel Deville, em Porto Alegre.

Citando o sociólogo polonês Zygmunt Bauman, o palestrante abordou a “liquidez” da sociedade atual, que devido à efervescência de dados e plataformas de interação pelos quais transita, jamais se imobiliza, nem conserva sua forma por muito tempo – está em constante transformação.

“Vivemos tempos líquidos, permeados pelo anseio de liberdade e de informação. As pessoas querem e têm à mão muitos devices para se interconectar, muitos dados com os quais interagir. A autoestrada da informação da qual falava Bauman é o ambiente digital de hoje, cujo agente central é a Internet, o que acarreta a mobilidade, gerando uma Natureza Móvel, que caminha conectada à Natureza Social, o que se traduz em uma conexão entre acessar tudo, a qualquer hora, de qualquer lugar, com os relacionamentos pessoais”, destacou Paz.

Segundo ele, este novo formato de comunicação gera uma audiência fragmentada – cada pessoa ou grupo escolhe seu canal, sua área de interesse na recepção de informações. E os canais são muitos, estratificados em plataformas de marketing tradicional e de conteúdo que se proliferam cotidianamente.

Isso acarreta a fragmentação dos budgets de marketing, fracionando os investimentos entre as plataformas de marketing tradicional e os players dos novos modelos de comunicação, como Facebook, Google, YouTube e afins.

Uma transformação que amplia as possibilidades de construção e fixação de marca, já que a multiplicidade de plataformas aumenta as opções de investimento: agora, uma multinacional ou uma startup de dois funcionários podem investir no mesmo canal de comunicação – Facebook ou LinkedIn, por exemplo -, variando apenas a quantia de verba destinada à publicação.

“O marketing de conteúdo supera, hoje, os investimentos em relação o marketing tradicional. Uma empresa não precisa mais, necessariamente, fazer um anúncio: ela pode fazer um post, criar um vídeo para o YouTube”, comentou Paz. “E isso é muito importante, pois o marketing de conteúdo vai além do advertising, ele dá mais informações relevantes, gera engajamento e é menos intrusivo”, completou.

Entretanto, informação por informação não é o caminho. O correto, conforme o palestrante, é trabalhar com dados estruturados, adotar ferramentas, processos e capital humano que permitam analisar a onda de Big Data e filtrar os conteúdos de maneira assertiva. Uma camada de controle da informação e dos canais de recepção e emissão é necessária para alimentar estratégias de marketing com inteligência seletiva.

E se a transformação dos meios e processos de comunicação criou uma Natureza Móvel, esta tem que estar no foco da atenção das companhias, ou, como determina Paz, “de toda entidade que quiser fazer negócios”.

“Hoje, o mobile first foi substituído pelo mobile only. Em toda estratégia de desenvolvimento e de marketing, o mobile deve ser pensado primordialmente. Não é para menos: 80 milhões de pessoas acessam a Internet por dispositivos móveis atualmente, só no Brasil, e as transações comerciais via mobile – m-commerce – serão 25% do total de transações online a serem realizadas no país em 2016”, atestou o palestrante.

O mais importante, segundo Paz, é estar antenado aos novos modelos e participar desta comunicação. Com várias frentes disponíveis, qualquer empresa pode e deve investir em marketing digital.

“O fim é a conexão com as pessoas, a criação de experiências ricas. Os meios são todos estes de que falamos, que permeiam o chamado tech marketing”, finalizou o especialista.

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