A revolução da automação logística como Sorters e esteiras transformam operações
A automação logística tem sido um dos principais vetores de transformação do setor, proporcionando maior eficiência operacional e redução de custos. Com o crescimento do e-commerce e a necessidade de entregas mais rápidas, empresas têm investido cada vez mais em tecnologias como Sorters e esteiras automatizadas para aprimorar suas operações.
Segundo relatório da McKinsey & Company de 2023, os aportes em inteligência artificial (IA) no setor logístico do Brasil alcançaram US$ 1,9 bilhão naquele ano, representando um aumento de 46% em relação ao período anterior. Até 2030, a projeção é que esses investimentos continuem a evoluir a uma taxa anual de 27,3%.
Tecnologias que agregam Sorters impulsionam eficiência e produtividade no setor logístico, reduzindo custos e otimizando processos
Os Sorters, sistemas de separação automática de encomendas, tornaram-se indispensáveis para operações logísticas de grande escala. Esses equipamentos utilizam sensores e IA para direcionar pacotes com precisão, reduzindo erros e acelerando a distribuição. Para Murilo Namura, Head of Sales da área de equipamentos da Pitney Bowes, multinacional orientada pela tecnologia que oferece soluções de envio em SaaS e inovação em correspondências em todo o mundo, “a automação logística deixou de ser apenas um diferencial e tornou-se uma necessidade para atender à demanda crescente do mercado”.
As esteiras
Além dos Sorters, as esteiras automatizadas desempenham um papel fundamental na otimização dos fluxos de trabalho dentro dos centros de distribuição, garantindo um transporte contínuo e eficiente de mercadorias entre diferentes etapas do processo logístico. Dessa forma, é possível reduzir a necessidade de movimentação manual, o que minimiza erros operacionais e aumenta a velocidade no manuseio de produtos.
A adoção de tais tecnologias também impacta positivamente a segurança no ambiente de trabalho, como aponta Murilo: “Com sistemas automatizados, há uma redução significativa no número de acidentes operacionais, que, muitas vezes, são causados por esforço físico excessivo ou pelo manejo inadequado de cargas, e, com isso, as equipes podem se concentrar em tarefas mais estratégicas visando o crescimento da companhia”.
Outro ponto destacado pelo especialista é a escalabilidade. Empresas que investem em infraestrutura automatizada conseguem expandir suas operações sem a necessidade de aumentar proporcionalmente sua força de trabalho.
De acordo com um estudo da Accenture, a automação pode reduzir os custos operacionais de grandes centros de distribuição em até 30%, permitindo um aumento da capacidade sem a necessidade de contratação de novos funcionários.
“O impacto ambiental também é um fator a ser considerado. A automação contribui para a redução do desperdício de materiais e para um uso mais eficiente dos recursos energéticos. Sistemas modernos são projetados para operar com menor consumo de energia e, muitas vezes, permitem a reutilização de embalagens e materiais, reduzindo o impacto ambiental das operações logísticas”, complementa Namura.
Apesar dos inúmeros benefícios, o head da Pitney Bowes alerta que a implementação da automação logística ainda enfrenta desafios, como o alto investimento inicial e a necessidade de adaptação das equipes. No entanto, o retorno sobre o investimento costuma ser rápido, especialmente para companhias com alto volume de operações.
Experiência do consumidor
“Não podemos esquecer que a experiência do consumidor está diretamente ligada à eficiência logística. Quanto mais ágil e precisa for a operação, maior será a satisfação do cliente e a competitividade da empresa no mercado. A automação se consolida como um dos principais pilares para a evolução do segmento e na maneira como empresas lidam com suas operações diárias”, finaliza Murilo Namura.