Vivemos na sexta maior economia do mundo, porém a tecnologia brasileira não acompanha esta colocação. No ranking de internet mundial ocupamos a 84ª posição. Coincidentemente, nós estamos no 85º lugar no IDH do mundo. Com um déficit de 45 mil vagas não preenchidas por profissionais de TI, fica cada vez mais difícil obter mão de obra qualificada para atender uma demanda cada vez mais crescente.
Trazendo para o mundo corporativo, como isso afeta as PMEs? A carência de mão de obra qualificada, a necessidade cada vez maior da utilização de recursos tecnológicos e a escassez de recursos para investimento aliada à falta de conhecimento amplo em tecnologia e, principalmente à desregulamentação do mercado de TI, muitas vezes faz com que as empresas recorram a soluções de informática praticamente caseiras.
Quem não conhece um primo ou amigo que “mexe” com computadores e está sempre disposto a ajudar, quase de graça? Acontece que essa ajuda, por uma pessoa muitas vezes desqualificada, acaba saindo mais caro para as PMEs, que ficam reféns de pessoas que se dizem “técnicos” de informática.
Ao realizar vistoria em alguns de nossos clientes, esbarramos com problemas deixados por esses “técnicos”. Quando um micro não acessa a rede, muitos desses profissionais simplesmente orientam o empresário a comprar outro computador ou instalar outra placa de rede – sem nem ao menos diagnosticar o problema devido a falta de experiência e incapacidade técnica para resolver uma questão de rede.
Resolver um problema técnico requer conhecimento de hardware, redes, protocolos, rotas, sistemas de e-mail, sistemas operacionais, dentre outras, e é claro, muita experiência em campo. Outro problema comum é um técnico instalar sistemas de câmeras, criar e-mails e configurar a rede de um cliente e guardar as senhas para si, ou mesmo não guardá-las. Quando isso acontece, ficamos reféns desses profissionais que cobram caro ou simplesmente se recusam a resolver o problema porque já foram contratados por alguma empresa grande.
Antes de pedir ajuda a um primo, vizinho ou dono de banca de jornal para auxiliá-lo na rede, o empresário deve estar atento à real capacidade de resolver o problema. Bons técnicos, além de um amplo conhecimento, que vai desde o hardware até protocolos de rede, também têm capacidade de percepção do que é bom para o negócio do cliente.
Suporte técnico vai muito além de consertar uma impressora com problemas ou instalar uma placa de rede. O suporte técnico visa verificar qual a melhor solução de impressão, qual a melhor topologia de rede a ser utilizada visando o melhor custo/benefício para o cliente.
Contratar empresas de suporte técnico é o primeiro passo para deixar de ser refém desses “técnicos”. Uma empresa séria faz um contrato de manutenção e coloca as regras do suporte claras, além de deixar as senhas e configurações à disposição do cliente, afinal de contas, a propriedade intelectual é da empresa e não do prestador de serviço.
Partindo da premissa que toda a informação de uma empresa hoje, de qualquer tamanho, passa pelos seus micros e redes, dar uma atenção profissional a esses recursos garante economias futuras e diferenciais competitivos – além de evitar dores de cabeça com paradas, perda de dados e roubo de informações confidenciais.
Flávio Mergulhão é formado em administração de empresas com ênfase em análise de sistema e especialista na área de tecnologia. Trabalhou na Microsoft e em diversas empresas, criando, implementando e gerenciando TI. Ele é um apaixonado pela tecnologia e empreendedorismo, por isso mantém seu foco e experiência para ajudar as PMEs carentes de gestão de TI de nível profissional.