O mercado brasileiro de tecnologia segue com boas perspectivas. Para 2017, a expectativa de investimento para o setor é de 1,6%, segundo dados da Gartner. A consultoria que lidera as pesquisas em tecnologia da informação afirma que a evolução é decorrente de um ambiente que sofreu queda nos últimos anos. Em 2015, muitas empresas seguraram os investimentos em recursos computacionais, o que representou uma queda de 30% nos gastos com TI, ainda de acordo com a consultoria.
Esse ano a projeção de queda foi de 12,9%, se comparado a 2015. Entre os vilões, é possível destacar questões políticas e econômicas, além da oscilação do câmbio.
O ano que vem aponta, dessa forma, como um período de retomada, onde as taxas de evolução voltam para o “azul”. Um dos investimentos que deve colaborar para este crescimento em 2017 é a utilização de Cloud Computing e Hosting.
Já visualizamos na prática a adesão das organizações que se, anteriormente, temiam a Cloud Computing, agora, a enxergam como sinônimo de segurança. A computação em nuvem nada mais é do que a possibilidade de acessar arquivos e executar diferentes tarefas pela internet, uma vez que os dados não se encontram em um computador específico, mas, sim, em uma rede. Com isso, não há necessidade de instalar programas ou armazenar dados no computador.
Por que investir em tecnologia?
Vivemos a era da transformação digital, onde a tecnologia responde por boa parte da estratégia dos negócios. A TI automatiza e simplifica os processos, traz segurança e transparência às operações, diminui as atividades operacionais, elevando a produtividade, além de possibilitar o controle de todo o processo produtivo, fator que impacta diretamente na redução de custos das empresas.
Ao integrar os processos e fornecer as informações em tempo real, os softwares permitem uma gestão eficaz e contribuem para que a tomada de decisões dos gestores seja mais assertiva. Por isso, cada vez mais, as organizações, sejam elas de pequeno, médio ou grande porte, consideram a tecnologia decisiva para o sucesso do negócio, especialmente, diante de um mercado competitivo e exigente. Isso pode ser comprovado por meio de um estudo da Fundação Getúlio Vargas que confirma: a cada 1% de investimento feito na área da informática, o lucro aumenta 7%, em um intervalo de dois anos.
Nesse sentido, a disponibilização de recursos para a área deixa de ser custo e se torna, cada vez mais, um investimento, especialmente quando a tecnologia contribui para que os produtos da empresa se tornem mais rentáveis ou, então, quando o volume de vendas é ampliado.
Entre os setores que mais disponibilizam recursos em TI destacam-se: o financeiro com 14% das receitas, seguido pela área de serviços (10,9%), indústria (4,6%) e comércio (3,5%). Ainda de acordo com a FGV, o gasto médio anual das companhias no país em tecnologia da informação é de R$ 38,1 mil por usuário das empresas.
No caso do comércio, por exemplo, podemos observar a mudança ocorrida com as grandes redes varejistas brasileiras que, há pouco tempo, não tinham presença virtual e investiam no e-commerce apenas como uma forma de divulgar seus produtos e atrair os consumidores às suas lojas físicas. Contudo, hoje, é nítido que o comércio eletrônico representa um dos maiores pontos de venda dessas redes.
Ou seja, em uma época com mais dispositivos móveis habilitados e conectados à internet do que o número de habitantes no Brasil, as empresas que não apostarem em inovação deixarão de crescer ou poderão se extinguir do mercado.
Diante de tudo isso, as perguntas que as organizações devem fazer são as seguintes: a TI cria valor para minha empresa? Sem TI a minha empresa chegaria ao lugar que chegou? O que a TI pode agregar ao meu negócio? A partir das respostas será possível definir as melhores estratégias e investimentos tecnológicos.
Rodrigo Batista de Oliveira – Gerente de TI da FH, empresa de tecnologia especializada em processos de negócios e software.