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Medalha de ouro para a tecnologia: Rede CDN suporta operação durante os jogos Olímpicos

por Agência Canal Veiculação

Por Marcelo Souza*

Nos jogos Olímpicos, considerando um período de 20 dias, o site da Rio2016.com recebeu a visita de 83 milhões de usuários e registrou 500 milhões de pageviews. O pico de acessos se deu durante a cerimônia de abertura, o que fez com que a infraestrutura já fosse testada, com sucesso, logo no início do evento. Ainda, nesse período, foram trafegados aproximadamente 2.1 Petabytes de dados. Como diretor do centro de operações de tecnologia do Comitê Olímpico no Rio 2016, afirmo que tais números mostram o quanto a tecnologia foi essencial para suportar e viabilizar globalmente esse espetáculo.

Além de contar com uma equipe composta por cerca de duas mil pessoas (originarias de 25 nacionalidades diferentes), era inegociável uma infraestrutura robusta e escalável, uma vez que um evento desse porte abrange dimensões exponenciais: volume de informação trafegado e diversidade de origens de quem estava consumindo os dados. Dessa forma, com o desafio de planejar antecipando o futuro – ou seja, desenhar um projeto para dali a quatro anos considerando a velocidade de inovação do segmento de tecnologia – optamos por uma infraestrutura global de Content Delivery Network (CDN), rede de distribuição de informação que permite fornecer conteúdo web de uma forma mais rápida a um grande número de utilizadores, por meio de muitos servidores. Felizmente, foi uma ótima escolha.

O software de gestão de relacionamento com o cliente (Customer Relationship Management, CRM) do site da Rio 2016 possui dados de 2 milhões e trezentos mil clientes provenientes de mais de 200 países diferentes. Ainda, o público que assistiu aos jogos foi estimado em 4 bilhões de pessoas! Para entregar o conteúdo para todos os usuários com experiência excelente, a rede de CDN disponibilizava as informações no servidor mais próximo ao usuário, assim, oferecemos uma experiência similar ao cliente local.

E não parou por aí, além da entrega ágil e com qualidade, era fundamental proteger os dados trafegados. Para isso, utilizamos uma estrutura de Firewall na nuvem – solução que, a partir de um conjunto de regras ou instruções, analisa o tráfego de rede para determinar quais operações de transmissão ou recepção de dados podem ser executadas – e o sistema de Domain Name System (DNS) – sistema de tradução de endereços IP para nomes de domínios –. Essa proteção foi fundamental para garantir a resiliência (escalada ao máximo). Durante o evento, tivemos 12 bilhões de logs analisados, 45 milhões de alertas de segurança e bloqueamos 24 milhões de ataques e, o melhor, nenhum incidente.

Para resumir tamanha experiência em uma única frase, eu diria que a infraestrutura tecnológica foi, sem dúvida, um dos melhores investimentos do Centro de Operações Rio2016. Valeu cada centavo.

*Marcelo Souza foi diretor do centro de operações de tecnologia do Comitê Olímpico no Rio 2016.

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