A tecnologia está tão presente no cotidiano, que os dispositivos tecnológicos atuam de forma quase simbiótica com o ser humano, especialmente nesta era de conexões em tempo real proporcionadas pela internet. No mercado imobiliário, o uso de inteligência artificial (IA) e big data é capaz de favorecer a venda de um imóvel e, ao mesmo, melhorar a experiência de compra de um cliente. Não é à toa que o uso da tecnologia é cada vez mais adotado pelas empresas de compra e venda e de aluguel.
É permitido, de acordo com o software ou a plataforma utilizada, esquadrinhar as buscas feitas pelo interessado e descobrir o tipo de imóvel que procura e em qual localização. Ao conhecer melhor o perfil do interessado, com base nas próprias atividades na internet, abre-se a possibilidade de oferecer a ele sugestões que se encaixam nas preferências ou necessidades.
Todo mundo já deve ter passado pela experiência de digitar, no buscador, informações sobre, por exemplo, um celular que deseja comprar e, a partir desse momento, começam a surgir na tela anúncios com ofertas do aparelho que deseja comprar. E isso acontece pelo uso da IA, que também é o recurso utilizado pela Netflix para saber as preferências do telespectador, com base na navegação na própria plataforma.
Atualmente, antes de um primeiro contato físico com uma imobiliária, o possível comprador já fez pesquisas na internet, deixando marcas dessas atividades. Com base nesses rastros, a IA consegue conhecer as preferências ou sonhos de compra. Número de dormitórios, com ou sem sacada, com o sem garagem, próximo a comércio, serviços e transporte: tudo isso é possível saber. Ampliando-se o escopo dessa pesquisa, é possível saber se o comprador é jovem, quais são preferências de diversão, leitura etc.
Essas informações também são importantes para que a IA modele as ofertas de acordo com as preferências de quem pretende comprar ou alugar um imóvel. Dessa maneira, é possível fazer uma proposta e o atendimento personalizados, conforme idade, gênero, gostos e capacidade financeira.
Com tudo isso, a tendência de que a compra se concretize é maior, uma vez que a sugestão é feita com base nos desejos e nas possibilidades do próprio comprador, que se manifestam por meio da navegação na internet.
A disseminação desse tipo de interação entre cliente e corretora não provoca estranhamento em quem procura um imóvel. Tão acostumado ao uso do celular e à pesquisa de dados pela internet, o eventual comprador pode, na verdade, estranhar se não receber uma oferta assim.
A inteligência artificial é, como se vê, um importante instrumento ao alcance de uma imobiliária para melhorar a performance e agradar o comprador.
*Fernando Nekrycz é CEO da Xaza, plataforma de intermediação imobiliária que facilita a compra e venda de imóveis exclusivos. [email protected]