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Espionagem como um Serviço: qual o risco para as empresas?

por Agência Canal Veiculação

*Fernando Cardoso

Em 2015, os Estados Unidos e a China, assinaram um acordo prometendo não realizar ou tolerar a espionagem econômica no ciberespaço.

Até então vista como uma preocupação somente dos Estados-nação, a espionagem pode atacar diversas empresas independentemente do tamanho: dados de propriedade intelectual como informações sobre novos produtos são vendidos a altos preços para os competidores e rivais das empresas-alvo.

As ofertas de Espionagem como um Serviço estão disponíveis em fóruns da Deep Web e os atacantes podem facilmente comprar as ferramentas necessárias para espionar e exfiltrar dados corporativos altamente confidenciais. Eles podem até mesmo contratar hackers para fazer a espionagem propriamente dita para eles.

Como o ataque funciona?

Os ataques de Espionagem como um Serviço usam as mesmas ferramentas, táticas, procedimentos e componentes de ataques direcionados. Qual a grande diferença? Os ataques de espionagem-como-um-serviço têm um componente adicional – existe uma espécie de leilão para quem pagar mais pelos dados roubados.

Primeiramente, os atacantes reúnem as informações sobre o alvo para identificar quem usar como isca. Em seguida, os hackers geralmente enviam e-mails contextualmente relevantes de phishing com malwares, geralmente para executivos C-level.

O comando e controle (C&C) da rede é então estabelecido com o suporte de backdoors, cavalos de Troia de acesso remoto (RATs), ou outro malware. Os dados são então exfiltrados para um site que apenas os atacantes têm acesso e são vendidos para quem pagar mais ou entregues para a empresa que os contratou.

A perda de dados nesse tipo de ataque é, naturalmente, um risco iminente, com efeitos como perda de vantagem competitiva sobre os rivais, danos à marca e perdas financeiras (lucros potenciais, gastos para se recuperar do ataque, etc).

Alguns serviços disponíveis no Underground incluem hackeamento do database de grandes empresas, website e e-mail; tutoriais de hacking e ferramentas de espionagem.

Países mais afetados por backdoors, rootkits e Trojans spyware

Como as empresas podem se defender?

Estima-se que o custo total do cibercrime relacionado ao roubo de dados, ao redor do mundo, chegue a US$ 2 trilhões em 2019.

Abaixo, listo algumas dicas que podem ajudar as empresas a mitigar ataques de espionagem:

· – Proteger os dados e o perímetro da rede deve ser sempre o primeiro passo para evitar qualquer tipo de ataque;

· – A classificação dos dados de acordo com o seu nível de confidencialidade e o limite do número de pessoas que podem acessar os sistemas é também crucial;

· – A empresa deve procurar trabalhar a conscientização dos colaboradores para detectar sinais de ameaças iminentes que devem ser imediatamente reportados;

· – Empregar uma estratégia conectada de defesa que crie uma ampla combinação de tecnologias de segurança é crucial. As empresas devem usar uma segurança de última geração para fornecer a proteção máxima para endpoints com o mínimo impacto.

Fernando Cardoso é Arquiteto de Soluções na Trend Micro.

 

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