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Especialista fala sobre Copa do Mundo em tempos de redes sociais

por Agência Canal Veiculação

Desde o anúncio de que a Copa do Mundo 2014 seria sediada no Brasil, houve diversas mudanças significativas no comportamento e hábitos das pessoas – a inserção definitiva dos smartphones no dia a dia, a consagração do Facebook como maior rede social do país. Tudo isso refletiu no modo como as pessoas passaram a acompanhar grandes eventos.

Na Copa de 2010, especialistas ainda começavam a apontar as mudanças que ocorreriam no modo de torcer das pessoas, comentando e trocando opiniões pela internet. Sites esportivos transmitiam os jogos online, pessoas tuitavam diretamente para seus jogadores favoritos.

Mesmo com o Brasil eliminado antes das finais, houve a famosa campanha “Cala boca, Galvão”, na qual os internautas, insatisfeitos com o narrador mais tradicional da TV brasileira, pediam para Galvão Bueno calar a boca. O que não se esperava era que a hashtag entrasse para os Trending Topics do Twitter, chamando a atenção da mídia internacional (relembre o vídeo http://www.youtube.com/watch?v=bdTadK9p14A).

De lá para cá, muitas coisas aconteceram, principalmente uma parte do povo passar a ser contra a Copa no Brasil, devido ao dinheiro investido, e outros a defenderem fervorosamente o evento. O que parece no momento é que essas manifestações perderam um pouco o destaque, frente aos comentários e brincadeiras que as pessoas fazem nas redes sociais sobre os jogos. As pessoas se renderam à Copa, por curiosidade ou por realmente gostarem de festa.

Nenhum lance é perdido: tudo é motivo para virar piada ou “meme” na internet. Segundo dados do Google, foram registrados mais de 503 milhões de buscas relacionadas ao Mundial. O Twitter afirmou que já foram 4,2 milhões de tuítes sobre a Copa, o que já superou toda a edição de 2010.

Claro que as pessoas, além das piadas, estão prestando atenção na organização do evento, apontando falhas. No site Apita Brasil, que monitora apenas menções aos jogos, 8,16% de todo o conteúdo é direcionado às autoridades.

Outro ponto de destaque são as brincadeiras dos torcedores. Bastou a própria abertura da Copa, com suas falhas, para que o Twitter bombasse em comentários. Até os hinos viraram motivo de brincadeira.

O que se percebe é que as redes sociais não estão sendo necessariamente usadas para um novo modo de ver futebol, mas sim, que o brasileiro está se mostrando o melhor comentarista de futebol de todos os tempos.

Pode ser que os brasileiros estejam aproveitando de vez a Copa, já que a festa é inevitável. Mas o que parece é: a satisfação sobre o evento em si e seus impactos no país, vai depender muito da vitória da seleção. Se ganhar, orgulho de ser brasileiro. Se perder, o país da desigualdade. É esperar para ver.

*Débora Carvalho é Analista de Mídias Sociais da Agência Redsuns.

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