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eSIM: Como funciona o e-chip para celulares

por Paulo Fernandes Maciel

Como funciona a nova tecnologioa o eSIM ou e-chip para celulares

As principais tecnologias que marcaram os últimos 20 anos têm algo em comum: com a sofisticação de seus materiais e processos, elas tiveram suas dimensões reduzidas pouco a pouco. Isso aconteceu também com os chips de celulares, que passaram do SIM para o microchip e, então, para o nanochip. No entanto, a diminuição continuou, e hoje já é possível utilizar o eSIM, também conhecido como eChip.

Tecnicamente, o eSIM é o próximo passo natural depois do lançamento do nanochip, que já apresentava um tamanho bem reduzido em relação à primeira versão SIM que chegou ao mercado.

Soldado diretamente na placa de dispositivos smart, novo chip consegue ajudar na localização de aparelhos e aumenta segurança

O eChip possui apenas cinco milímetros de tamanho, o equivalente à metade de um nanochip. Mas sua principal diferença não está apenas no tamanho, já que ele não é vendido separadamente do aparelho celular. O eSIM não precisa ser inserido em um novo aparelho, porque ele já é soldado na placa do equipamento, como um smartphone ou smartwatch, além de tablets ou outros eletrônicos smart.

Ou seja, o eSIM não é removível. Com isso, não é possível transferi-lo a um outro aparelho celular mais convencional, como um smartphone LG, Samsung ou até mesmo Apple, que existe hoje no mercado. Os novos chips passarão a ficar amarrados ao dispositivo.

Melhora na conexão

O que isso traz de positivo para os novos aparelhos? Esses novos chips permitem que o aparelho receba dados e informações de uma maneira remota, melhorando a conexão e permitindo que uma linha, o número do celular, tenha uma ligação remota também com outros equipamentos.

Assim como aconteceu com outras tecnologias, a redução no tamanho não significou redução na capacidade de armazenamento. O que aconteceu foi o contrário: enquanto os nanochips conseguem chegar a 128 GB de memória, o novo eSIM pode ter até os impressionantes 512 GB.

Apesar dessa mudança bastante significativa, a expectativa é de que ele continue armazenando informações semelhantes ao chip tradicional, ou seja, contatos, dados da pessoa assinante da linha, informações sobre a própria linha, entre outros dados que sejam relevantes para identificação e praticidade no dia a dia.

Possibilidade de mais de 1 linha

Um outro grande diferencial é que um único eSIM será capaz de receber mais de uma linha. Ou seja, ele permite que os aparelhos continuem tendo a funcionalidade dual chip, para pessoas que desejam usar o mesmo aparelho para lazer e trabalho ou utilizar diferentes benefícios das operadoras de telefonia móvel. A portabilidade da linha também deve ser algo a ser destacado pelas fabricantes quando mais modelos com eSIM se tornarem mais populares no Brasil. Afinal, a portabilidade de linha não será mais feita com a mudança de um chip para outro aparelho. A mudança passa a ser feita de maneira remota, o que obrigará as operadoras a criar novas maneiras de fazer esse procedimento de maneira mais ágil e prática para os usuários

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eChip: mais segurança para os usuários

Uma das principais questões que têm preocupado os usuários de telefone móvel no Brasil e no mundo é relativa à segurança. Já que os celulares e outros dispositivos smart armazenam dados muito importantes e sensíveis de cada pessoa, é importante que a proteção seja cada vez mais sofisticada, para evitar prejuízos materiais ou até mesmo outros danos às pessoas.

No caso do roubo de celular, por exemplo, o eSIM pode ser uma boa alternativa para melhorar a segurança dos usuários.

Mais segurança

De forma mais simples, o eChip ajuda a aumentar essa segurança já na chamada tela de bloqueio – o momento em que o usuário deve digitar uma senha, usar a digital, fazer um desenho ou realizar o reconhecimento facial. Com maior capacidade de armazenamento, é possível tornar esses padrões ainda mais sofisticados.

Outros procedimentos, como o uso de aplicativos de rastreio ou a possibilidade de contatar a operadora para bloquear a linha do celular, já são feitos hoje em dia, mas só funcionam se o aparelho estiver conectado à internet ou se o chip estiver no aparelho. Ou seja, ao remover o chip (nanochip), essas funcionalidades deixam de ser possíveis.

Por isso, frequentemente, quando um aparelho desses é roubado ou furtado, os criminosos costumam remover o chip e desligar o equipamento. Isso torna quase impossível localizá-los, apesar de todas essas funcionalidades.

Mais facilidade no rastreamento

A expectativa é de que o uso do eSIM torne mais complicado para os criminosos evitar o rastreio, impossibilitando que os aparelhos possam ser repassados. Já que esse novo chip está ligado à própria estrutura dos eletrônicos, seria necessário danificá-los para tirar o localizador, o que torna o equipamento menos atrativo e pode dar mais tempo para que o proprietário consiga contatar a operadora e bloquear totalmente o aparelho.

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Se o proprietário do aparelho mantiver o celular conectado à rede móvel, como 4G ou 3G da operadora; isso também dará mais chances de que o aparelho seja rastreado antes de os criminosos conseguirem fazer algo. E também torna possível que aplicativos sejam acionados para deletar possíveis conteúdos sensíveis; como informações de cartões, aplicativos de banco, senhas de redes sociais, entre outros dados importantes, e que tornam esses aparelhos ainda mais valiosos.

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eSIM já disponível no Brasil

Segundo as operadoras de telefonia móvel no país, essa tecnologia já está disponível para todos os usuários que tiverem aparelhos compatíveis. Muitas dessas empresas oferecem a migração do nanochip para o eSIM de forma gratuita; evitando que os usuários tenham qualquer custo ao aderir a essa nova tecnologia.

A principal dificuldade, no entanto, continua sendo encontrar opções de aparelhos que já possuem esse chip instalado internamente; algo que deve ser feito já na fabricação do modelo. Para smartphones e smartwatches mais modernos, a tecnologia é mais comum; no entanto, os preços podem ser bem salgados para a maior parte dos brasileiros, principalmente com o câmbio desfavorável.

Modelos com a nova tecnologia

Veja abaixo alguns dos modelos que já possuem a tecnologia de fábrica; de acordo com as principais marcas de celulares e relógios inteligentes.

Apple: iPhone XR, iPhone XS e XS Max, iPhone 12, 12 mini, 12 Pro e 12 Pro Max; iPhone SE (2ª geração) e Apple Watch Series 3, 4, 5, 6 e SE.

Samsung: Samsung Galaxy S20, S20+, S20 Ultra, Samsung Galaxy Fold, Samsung Galaxy Z Fold2, Fold3 5G Samsung Galaxy Z Flip, Flip3 5G, Samsung Galaxy Note 20, 20 Ultra;

Samsung Galaxy S21 5G, S21+ 5G, S21 Ultra 5G e Galaxy Watch; Galaxy Watch Active2, Galaxy Watch 3 LTE e Galaxy Watch Active 4.

Motorola: Moto RAZR.

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