Existe uma previsão de que o tráfego na Internet em 2019 será o equivalente a o total registrado nos anos anteriores combinados (de 1984 até 2013). No Brasil, o tráfego vai duplicar. Isso significa que haverá mais pessoas conectadas à Internet, mais dispositivos habilitados para a rede, velocidades mais largas de banda larga fixa, mais celulares conectados, mais serviços avançados. Com tanta mudança no modo em que nos comunicamos, qual será o efeito na educação infantil?
Maior interesse do aluno
Hoje em dia, experimentos já estão concluindo que a tecnologia digital tende a despertar o interesse do aluno por aprender. Na escola municipal Campos Salles, professores de informática contam que “foi como se estivéssemos aprendendo a falar uma nova língua e passássemos a entender os alunos”.
As crianças e os adolescentes passam a maior parte do dia conectados na Internet, dentro ou fora da escola. Quando é proposto que eles utilizem esse recurso que conhecem tão bem para o aprendizado, eles se sentem compreendidos e sua interação com o material didático é intuitiva. O que eles levariam dias para fazer, fazem em poucas horas. A curiosidade é desperta e o interesse, ativado.
Nova maneira de ensinar
“O melhor resultado não virá pela tecnologia”, avalia a pesquisadora e professora Nuria Pons Vilardell Camas. “A tecnologia é parte, não é o todo”, conclui.
De acordo com Nuria, é importante entender que, independentemente da tecnologia utilizada, é preciso criar e dar vazão a uma nova maneira de ensinar, vislumbrando o currículo como algo a ser criado para e pelos próprios aprendizes, o que inclui alunos, professores, gestores e familiares. A tecnologia deve fazer parte do aprendizado do mesmo modo que faz o livro, o giz e o quadro negro.
Do lado dos professores, integrar a tecnologia ao ensino exige certo cuidado com a mediação do conhecimento. O professor ainda tem um papel importante, mas precisa adaptar suas técnicas pedagógicas às necessidades atuais dos alunos, em vez de esperar que os alunos se adequem a um ensino que não envolva recursos que eles usam naturalmente em casa. O aluno precisa sair da sala de aula mais capacitado para usar todos os recursos aos quais ele tem alcance, tanto digitais como não-digitais.
Iniciativas existentes
Já foram definidos alguns caminhos. A lacuna na integração entre currículo escolar e tecnologia realmente existe. Felizmente, alguns projetos já estão sendo implantados para cuidar do problema. A NET Educação, em parceria com prefeituras municipais no Brasil inteiro, tem lançado o projeto Educonex@o, que visa a capacitação material e conceitual de escolas municipais brasileiras para o uso de tecnologias digitais para o ensino e a aprendizagem em sala de aula.
O projeto é uma iniciativa da NET Educação com o Instituto Crescer e tem como objetivo incentivar o uso da tecnologia para fomentar o interesse dos alunos do ensino fundamental em aprender. Consequentemente, maiores resultados educacionais também são alcançados. Com esses recursos digitais, o projeto Educonex@o apresenta uma nova forma de educar, despertando o engajamento do aluno.
Por meio dessa iniciativa, cidades como Sorocaba, São Paulo, Fortaleza, Curitiba e muitas outras já deram início ao projeto, sendo presenteadas com a instalação de dois pontos de Internet e TV a cabo da NET em suas escolas municipais. Isso é possível por meio de planos da netcombo em parceria com as prefeituras municipais. Uma vez que a estrutura é montada, os professores começam um curso de capacitação do uso da tecnologia integrada ao ensino na sala de aula.