Drone RQ-17 ION tem variante que pode carregar órgãos, vacinas e transportar materiais do agronegócio
Capaz de carregar dez quilos, o Drone RQ-17 ION foi 100% desenvolvido no Brasil e viaja até 100 quilômetros
Um drone desenvolvido totalmente no Brasil que consegue carregar até 10 quilos e viajar por 100 quilômetros. O dispositivo pode, ainda, carregar órgãos humanos, vacinas e materiais do agronegócio, como ração ou instrumentos de trabalho. Esse é um desenvolvimento da JETWIND e da LabRetail, empresa voltada à criação de projetos de soluções tecnológicas para o varejo e para a indústria automotiva, e um fornecedor chave.
“Essa oportunidade de parceria com a JETWIND para a criação de um componente do drone RQ-17 ION surgiu porque recebemos investimentos do mesmo grupo econômico. A JETWIND é uma empresa de engenharia de aeronaves remotamente pilotadas, nome mais técnico dos drones, enquanto a LabRetail é uma organização de desenvolvimento de hardware, então contribuímos uma com a outra”, explica Sérgio Silvestre, sócio fundador e CEO da LabRetail, que ficou responsável pelo desenvolvimento da placa de controle do sistema.
No agronegócio
Ele explica que um dos diferenciais do produto é a capacidade de carga, além de ele conseguir viajar por grandes distâncias. “Para a área da saúde, o RQ-17 é capaz de transportar vacinas e órgãos humanos, como uma córnea, por exemplo. Já no agronegócio, ele é ideal para levar materiais de fazenda, como ferramentas ou insumos veterinários”, explica o especialista.
Tiago Giglio é o fundador e CTO da JETWIND e explica que o RQ-17 ION atende aplicações de imageamento em geral. “Ele pode atuar no monitoramento de tráfego em rodovias, detecção de focos de incêndio, combate biológico em plantações e logística, por exemplo”. O executivo conta que o drone foi projetado em 2017 e o desenvolvimento da solução levou aproximadamente 3 anos. Já a placa da LabRetail foi concebida e prototipada este ano.
Sobre o funcionamento do drone, principalmente no que tange à distância que ele é capaz de atingir, Giglio diz que “na variante de asa fixa, semelhante a um avião, é possível atingir até 100 km com enlace de rádio e distâncias de aproximadamente 300 km com comunicação via satélite. Durante todo o voo, a posição da aeronave é mostrada em tempo real em um software com mapas, além de parâmetros como altitude, velocidade e até o tráfego de outras aeronaves no espaço aéreo da operação.”
Buscas e salvamento
Giglio destaca ainda que, além de ser um produto desenvolvido 100% no Brasil, o drone tem como diferencial o suporte ao seu ciclo de vida com fornecimento de peças de reposição e treinamento. Segundo ele, isso “aumenta significativamente a disponibilidade da aeronave em diversos segmentos de mercado, como segurança, busca e salvamento e aplicações especiais”, finaliza.