Pesquisa realizada pela FEBRABAN (Federação Brasileira de Bancos) no segundo semestre de 2020 mostra que 64% dos clientes de bancos diminuíram os saques em dinheiro, passando a realizar operações financeiras principalmente por meios digitais. Estimulado pelas mudanças trazidas pela pandemia da COVID-19, o setor financeiro brasileiro intensificou a digitalização de seus processos. Confrontados com as solicitações feitas pelos órgãos da saúde para manter o distanciamento social, diversos bancos precisaram fechar suas agências físicas, migrando seus serviços para canais digitais como aplicativos de telefones celulares, caixas eletrônicos e pagamentos on-line.
Segundo um estudo divulgado pelo IDC Brasil em dezembro de 2020, 6 em cada 10 brasileiros das classes A, B e C usam meios digitais de pagamento como PayPal, Google Play e PagSeguro para efetuar seus pagamentos.
De acordo com Anderson Quirino, diretor de vendas da Vertiv Latin América, esses avanços fazem com que, no setor financeiro, a operação de data centers seja cada vez mais crítica para o avanço dos negócios. “Para controlar as informações bancárias na nuvem, absolutamente tudo é armazenado em servidores instalados em racks localizados em data centers”, afirma Quirino.
Ele explica que um colapso nesses sistemas levaria à imobilização da economia brasileira. “Há diversas causas possíveis para indisponibilidades (downtime), incluindo um erro de software ou hardware, mas o mais comum é uma falta de energia elétrica”, conta o executivo.
Na visão de Anderson Quirino, se a infraestrutura bancária falhasse, não haveria caixas eletrônicos, transações com cartões de crédito, compras pela internet, nada. Portanto, ter energia de backup para o caso de uma falha na energia elétrica ajudaria os bancos a armazenarem energia suficiente para a operação contínua de seus equipamentos críticos. “Assim, quando falta energia elétrica por qualquer motivo, sistemas UPS serão capazes de fornecer energia de qualidade para os equipamentos mais críticos da operação, que são os servidores com todas as informações para executar transações on-line e na nuvem”, alerta.
Interdependência entre o setor de finanças e de varejo
Em 2021, o comércio eletrônico continuará a ter um aumento no percentual das compras e vendas on-line, levando os bancos a aumentar as operações digitais. De acordo com um relatório de pesquisa da SalesForce intitulado State of Commerce, 61% das empresas na América Latina planejam aumentar os investimentos em soluções de autoatendimento através de canais digitais. Como relatado no estudo Impacto da COVID-19 nas Vendas On-line no México, duas em cada dez empresas de comércio eletrônico tiveram um aumento nas vendas superior a 300% durante 2020. A interdependência entre as operações do setor financeiro e de varejo faz com que o avanço dessas duas verticais exija o reforço de suas infraestruturas digitais críticas.
“Para que isso aconteça, é fundamental contar com suporte a todo o ciclo de vida dos data centers. Parte-se da fase de comissionamento – que se refere ao start-up do projeto para garantir que todos os sistemas sejam projetados, instalados, testados, operados e mantidos de acordo com os requisitos operacionais – e avança-se até as ações de manutenção, retrofits, reparos e upgrades de equipamentos”, afirma Quirino.
O diretor de vendas da Vertiv Latin America continua dizendo que todo o ambiente deve estar inserido numa abordagem de serviços avançados para garantia da continuidade do processamento. “Esses serviços incluem o uso de soluções DCIM de gerenciamento da complexa e heterogênea infraestrutura crítica dos data centers. Os serviços de gerenciamento remoto, em especial, envolvem o disparo de alertas e de ações preditivas para evitar o downtime do data center”, avisa Anderson.
Ele conta que outro ponto importante é que quem adere aos sistemas de monitoração remota do data center conta com tecnologias avançadas, utilizadas por profissionais com décadas de experiência no setor. Isso permite a realização de análises de dados que entregam uma visibilidade excepcional sobre todo o ambiente. “Com essa informação, os técnicos ficam preparados para – com rapidez, precisão e segurança – retornar o equipamento às suas condições adequadas de operação e, desse modo, suportar a continuidade de processos do setor financeiro brasileiro”, Quirino.