Apresentação sobre o maior projeto da ciência brasileira acontece hoje sábado 4/2 no Palco Ciência, e traz os principais desafios da construção do novo acelerador.
O Sirius, acelerador de partículas para produção de luz síncrotron que está em construção no campus do CNPEM (Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais), em Campinas, será tema de uma das palestras da Campus Party Brasil. A apresentação “Sirius: acelerando o futuro da ciência” acontece sábado (4/2) no Palco Ciência, das 16h15 às 17h, e será ministrada por Sérgio Marques, líder de um dos grupos de engenharia do projeto.
LNLSO objetivo da palestra é mostrar alguns dos desafios em eletrônica, computação, mecânica e outras tecnologias desenvolvidas no Brasil para construir uma das fontes de luz síncrotron mais brilhantes do mundo, e que deve permitir novas pesquisas em áreas como ciência dos materiais, nanotecnologia, biotecnologia, física, ciências ambientais e muitas outras. “O Sirius é um projeto ímpar, não tem outro exemplo na América Latina. Ainda há muitas pessoas que desconhecem que temos uma tecnologia deste porte sendo desenvolvida no País”, afirma.
O projeto Sirius é desenvolvido pelo Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS), do CNPEM, e será a maior e mais complexa infraestrutura científica já construída no Brasil. Durante o encontro, Sérgio Marques contará também a sua experiência trabalhando no LNLS, onde já funciona o único acelerador de elétrons do tipo síncrotron da América Latina. Sérgio participou da construção da primeira máquina e hoje comanda o grupo que desenvolve dispositivos e sistemas para controlar a trajetória dos elétrons ao longo do novo acelerador.
Sobre o Projeto Sirius
Sirius, a nova fonte de luz síncrotron brasileira, será a maior e mais complexa infraestrutura científica já construída no País e uma das primeiras fontes de luz síncrotron de 4ª geração do mundo. É planejada para colocar o Brasil na liderança mundial de produção de luz síncrotron e foi projetada para ter o maior brilho dentre todos os equipamentos na sua classe de energia.
A fonte de luz síncrotron é uma ferramenta-chave para a resolução de questões importantes para as comunidades acadêmica e industrial brasileiras. Sua versatilidade permite o desenvolvimento de pesquisas em áreas estratégicas, como energia, alimentação, meio ambiente, saúde, defesa e vários outros.
O LNLS, responsável pela construção do Sirius, opera desde 97 a única fonte de luz síncrotron da América Latina, aberta ao uso das comunidades acadêmica e industrial. O atual síncrotron brasileiro possui 17 estações experimentais – chamadas linhas de luz – voltadas ao estudo de materiais orgânicos e inorgânicos por meio de técnicas que empregam radiação eletromagnética desde o infravermelho até os raios X.
Sobre o CNPEM
O Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) é uma organização social qualificada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Localizado em Campinas-SP, possui quatro laboratórios referências mundiais e abertos à comunidade científica e empresarial. O Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS) opera a única fonte de luz Síncrotron da América Latina e está, nesse momento, construindo Sirius, o novo acelerador brasileiro, de quarta geração, para análise dos mais diversos tipos de materiais, orgânicos e inorgânicos; o Laboratório Nacional de Biociências (LNBio) desenvolve pesquisas em áreas de fronteira da Biociência, com foco em biotecnologia e fármacos; o Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia de Bioetanol (CTBE) investiga novas tecnologias para a produção de etanol celulósico; e o Laboratório Nacional de Nanotecnologia (LNNano) realiza pesquisas com materiais avançados, com grande potencial econômico para o país. Os quatro Laboratórios têm, ainda, projetos próprios de pesquisa e participam da agenda transversal de investigação coordenada pelo CNPEM, que articula instalações e competências científicas em torno de temas estratégicos.
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