O Brasil fica em 5º lugar na fabricação de colchões no mundo
A Associação Brasileira da Indústria de Colchões (ABICOL), entidade que representa o setor colchoeiro no país, divulga o balanço anual do segmento. A associação estima que o setor deve fechar 2024 com uma receita líquida na ordem de R$ 7,2 bilhões, o que representa alta de 5,11% em comparação ao ano anterior, quando registrou R$ 6,85 bilhões. Na quantidade de colchões produzida, a elevação deve ser de 3,52% em relação a 2023, de 21,17 milhões para 21,91 milhões de unidades. Já as vendas de colchões devem superar 21,88 milhões de unidades, aumento de 3,89%, comparado com o mesmo período do ano passado, em que registrou 21,06 milhões de unidades.
Com receita líquida de 7,2 bilhões de reais em colchões, a estimativa é fechar o ano com um crescimento de 5,11% nesse indicador.
Para o próximo ano, a ABICOL prevê um crescimento superior a 6,5%, atingindo R$ 7,67 bilhões em receita líquida. O levantamento revela ainda que o Brasil é o quinto maior produtor de colchões do mundo e lidera o consumo de colchões na América Latina, representando 40% do volume total.
De acordo com Adriana Perini, diretora executiva da ABICOL, a alta nos custos de operação e a deflação nos preços no varejo, indicada pelo IPCA de novembro, chamam a atenção. “O setor enfrenta um período desafiador, principalmente, com a alta no preço dos insumos e nos custos da cadeia logística. Se ainda assim ocorre deflação, a vigilância de mercado assume um papel estratégico. Precisamos garantir que os produtos estão atendendo aos padrões obrigatórios de qualidade e conformidade para justificar o fechamento dessa conta. Nesse contexto, é fundamental que o consumidor se atente à procedência do colchão, que pode ser conferida pelo Selo de Identificação de Conformidade do Inmetro, entre outras pesquisas, como no site do Observatório do Colchão, por exemplo.”
O Brasil já responde por 40% do consumo de colchões na América Latina.
Ainda segundo Adriana, embora o mercado demonstre um cenário desafiador, a ABICOL acredita na capacidade do setor de se reinventar por meio da inovação e de regulamentação justa, que fortaleça as marcas nacionais e, dessa forma, permita o desenvolvimento sustentável do mercado. “Para isso, a ABICOL está empenhada em ampliar a visibilidade do setor, promovendo estudos sobre desempenho, suporte e a vida útil do colchão. Aliás, o Brasil é o único país no mundo a contar com regulamento compulsório que exige que os colchões sejam submetidos a testes em laboratório acreditado. Esses testes e outras análises obrigatórias verificam a conformidade em cerca de uma dezena de critérios antes que o produto possa ser comercializado no território nacional. Nosso compromisso é com a qualidade, a inovação, a sustentabilidade e, dessa forma, fortalecer todo o ecossistema colchoeiro”, pontua Adriana.
Para 2025, a previsão é crescer mais de 6,5% e gerar R$ 7,67 bilhões em receita líquida, segundo relatório anual da Associação Brasileira da Indústria de Colchões (ABICOL).
Segundo o levantamento da ABICOL, de 2022 para 2024, o Brasil passou de 297 para 339 fábricas. O Sudeste concentra a maior parte delas (35,9%), seguido pela região Sul (24,55%), e depois pelo Nordeste (19,16%), Centro-Oeste (13,17%) e Norte (7,19%). O segmento gera cerca de 39 mil empregos diretos. De acordo com a entidade, colchões de espuma e mistos representam cerca de 50% do volume dos colchões produzidos no Brasil, os colchões de mola detêm 35% da produção e os demais tipos somam 15%.
Ações ABICOL
Com o objetivo de fortalecer o mercado colchoeiro nacional, a ABICOL se dedica a promover um ambiente justo e competitivo, sustentado pelos pilares da inovação, da sustentabilidade e da qualidade dos colchões. No último ano, a ABICOL desenvolveu importantes ações de impacto para o setor. Destacaram-se as campanhas de combate à concorrência desleal, as premiações de boas práticas voltadas à sustentabilidade e o apoio ao desenvolvimento de pesquisas voltadas à qualidade e à inovação. Essas iniciativas não apenas fortaleceram a competitividade do setor, mas também reafirmaram o compromisso da ABICOL com a responsabilidade social e ambiental.
Para o próximo ano, a associação seguirá firme em seu propósito. A continuidade das ações de apoio e parcerias estratégicas com órgãos governamentais e entidades privadas será fundamental para fomentar a inovação e o desenvolvimento de uma indústria colchoeira mais sustentável. O foco estará na produção de colchões que contribuam para a redução da pegada de carbono, atendendo às crescentes demandas por práticas ESG e consumo responsável. Com essa visão, a ABICOL busca não apenas impulsionar o setor, mas também contribuir para um futuro mais sustentável e competitivo.
Sobre a ABICOL
A Associação Brasileira da Indústria de Colchões (ABICOL) reúne fabricantes de colchões e fornecedores de insumos do setor colchoeiro. A ABICOL é a primeira entidade das indústrias de colchões instituída no país e considerada a mais representativa do setor em território nacional. Com o objetivo de impulsionar o desenvolvimento do segmento, a associação promove ações focadas na inovação, na sustentabilidade e na excelência na qualidade dos colchões.
Com sede em São Paulo, a ABICOL reúne em seu quadro associativo as principais empresas do setor, responsáveis por mais de 70% da produção nacional de colchões. Atualmente, a presidência da associação é ocupada por Luciano Raduan Dias. Fundada em 2011 por Félix Raposo, seu primeiro presidente, a ABICOL tem uma trajetória marcada por lideranças de destaque. Ao longo dos anos, a presidência foi assumida por Luís Fernando Ferraz (gestão 2014-2016), Alexandre Prates Pereira (gestão 2017-2019), Rogério Soares Coelho (gestão 2020-2022) e Rodrigo Miguel de Melo (gestão 2023-2024), cada um deixando sua contribuição para o fortalecimento e crescimento do setor colchoeiro no Brasil.