Não acredito que uma pessoa possa ter sucesso se, todos os dias, fizer apenas o melhor, porque o melhor é algo extremamente subjetivo. Entendo que o sucesso começa a partir de um projeto de vida bem elaborado, planejado e que é executado.
Para que trabalhamos? Para pagar contas? Que ser humano se motiva por pagar contas? É claro que temos que honrar nossos compromissos, inclusive financeiros, mas isso não motiva. O que motiva mesmo é o sonho, o projeto de vida e o desafio em buscar e alcançar algo superior.
Assim, vejo o mercado de trabalho dividir-se em três grandes grupos: o dos subempregados ou desempregados, o dos comuns e o dos diamantes.
Se a pessoa escolheu ser um diamante, ela acaba de optar pelo caminho mais difícil da vida, no qual a maioria das pessoas não vai seguir. É muito mais fácil ser comum.
Quem é o diamante? É o profissional diferenciado. A pessoa comum faz o trabalho se alguém pedir, o diamante pede para fazer. A pessoa comum faz o seu trabalho básico, enquanto o diamante é inovador, criativo. A comum é motivada pelo chefe; já o diamante vem de casa motivado para o trabalho. O diamante acredita sempre num amanhã melhor, e o comum se contenta com o “Tá vendo! Tomara que dê, né?”. A pessoa comum trabalha duro durante o dia e, à tardinha, sai da empresa super cansado. O diamante também trabalha duro e depois vai ler, estudar, fazer cursos, assistir palestras, se desenvolver. É muito mais fácil ser comum.
O maior problema hoje é que as pessoas pararam de sonhar e por razões concretas. Acontece que grande parte das pessoas que nos cercam não têm sucesso, o que é um cenário propício para a pessoa concluir: por que vou ser um diamante? Ela se esquece que, da lista das 100 pessoas mais bem sucedidas do mundo, somente 18 nasceram em lares bem sucedidos. Quer dizer, este é um mundo onde dá para sonhar e ganhar o jogo.
Estamos no momento da seleção natural da espécie. O jovem de hoje vai viver a geração mais competitiva da história da humanidade e ele tem que estar pronto para ser um diamante. Só que as instituições de ensino não preparam diamantes. Receio que os jovens que estão hoje nas melhores redes de ensino vão fazer a melhor faculdade, a melhor pós-graduação e não serão pessoas de sucesso.
Por quê? Porque têm QI, mas não têm QE. Têm quociente intelectual (QI), mas não possuem quociente emocional (QE). O QE hoje é o grande diferencial das pessoas de sucesso. Não adianta ser um gênio e não entender de gente, não se conhecer a si. O pessoal e o profissional convergem para o mesmo lugar. Um diamante trabalha seu QI e seu QE de forma equilibrada.
Creio podermos atribuir ao sucesso 60% de emoção e 40% de técnica. Posso ser um profundo entendedor de determinado assunto, mas ser zero em relacionamento humano. O melhor profissional não é o melhor tecnicamente, porque o conhecimento técnico está muito equilibrado e virou commodity. O melhor profissional é o que entende de pessoas, e isto é um valor do diamante.
Como se vê, não existem fórmulas prontas para ser um diamante, existem caminhos para escolher e percorrer, o que nem sempre é fácil.
E você, já fez sua escolha: ser diamante ou ser comum?
* Claiton Fernandez é palestrante, consultor e educador. Autor dos livros “Caminhos de um Vencedor” e “Da Costela de Adão à Administradora Eficaz”. Site: www.claitonfernandez.com.br
Sobre Claiton Fernandez
Mestre em Administração, MBA com ênfase em Gestão Empresarial, pós-graduado em Administração de Recursos Humanos e especialista em Business and Management for International Professionals pela UCI/Califórnia/EUA, Claiton Fernandez acumula experiências de sucesso como executivo de negócios e educador.
É considerado na atualidade pelo mercado corporativo e esportivo um dos palestrantes top do Brasil. Autor dos livros “Caminhos de um Vencedor” e “Da Costela de Adão à Administradora Eficaz”, é também escritor de artigos com publicação nacional e internacional. Site: www.claitonfernandez.com.br