Por Tarcisio Bruneli Pilati, gerente de pré-vendas da ZTE do Brasil
Neste ano, com o leilão de sobras de espectro da Anatel, abriu-se uma nova possibilidade para os ISPs atenderem seus clientes com tecnologias sem fio, porém de forma mais confiável, com espectro em frequencias licenciadas, padronizadas e que, ao mesmo tempo, suportam tecnologias maduras, novos serviços, novas possibilidades de receitas e compartilhamento de recursos e custos. Em outras palavras, as soluções LTE/ 4G entraram no radar dos ISPs. Mas será que todas as possibilidades estão sendo percebidas, além da mera possibilidade de um acesso sem fio em frequência segura?
Neste novo contexto para os provedores, é preciso vislumbrar possibilidades. Não estamos falando só do foco em tecnologias com e sem fio, mas de cenários híbridos, baseados em fibra ótica ou totalmente wireless.
Existe um grande horizonte de serviços que se abre com as novas possibilidades. São tecnologias para residências e para cidades inteligentes, com base no IoT (Internet das Coisas). A vídeo-vigilância remota é um bom exemplo. Haverá, neste caso, uma necessidade de internet fixa em múltiplos pontos (sensores, lâmpadas inteligentes etc.), sem interferências, confiável e com baixa necessidade de banda. E esta é só uma das possibilidades que surgem.
Então, para realmente aproveitarem-se deste novo cenário, os ISPs terão de se perguntar: que tecnologia vêm à mente? Quais as tendências? Como implantar uma rede que não nos engesse ao agora e não limite as possibilidades de negócios nas próximas ondas?
Independente da situação, elaborar um bom business plan é essencial. Não basta apenas escolher a melhor estratégia em termos de tecnologia, ou infra-estruturas com ou sem fio. O uso da melhor solução tem que estar, por exemplo, atrelado ao modelo de negócio, à melhor forma de compartilhamento de recursos para redução de custos. É preciso uma análise integrada e consultiva. E a boa notícia é, sabendo o seu foco e como preparar-se, este será um grande mercado.