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A má qualidade nos serviços de telecomunicação no Brasil

por Agência Canal Veiculação

A Anatel aprovou por unanimidade, no dia 01 de novembro, o Plano Geral de Metas de Competição, que regulará, a partir do dia 12 deste mês, o mercado de telecomunicações. Além de tornar o mercado mais competitivo, essa medida visa reduzir o preço das tarifas pagas pelo consumidor. Como o número de usuários aumentou vertiginosamente nos últimos anos, a ponto de haver mais linhas ativas que brasileiros, o preço das tarifas ainda pode baixar mais.

No início da década de 90, os celulares chegaram ao Brasil com preços tão altos que poucas pessoas podiam pagar. A linha era negociada e cotada em dólar (alguns milhares deles), os aparelhos caríssimos e as tarifas também. Até os mais abastados utilizavam com moderação o dispositivo que era tido como um precioso recurso.

Nesse cenário, havia uma coisa boa e que infelizmente não conseguimos vislumbrar, sequer, a possibilidade de resgatar: a qualidade! Falava-se em alto e bom som e a linha não caia. Quando se estava longe da torre havia um pouco de chiado, mas geralmente isso acontecia apenas quando se estava em movimento.

Essa qualidade se deve a uma razão muito simples. O serviço foi implantado e desenvolvido por engenheiros de grande bagagem, profissionais de carreira das teles estatais. No estado de São Paulo a Telesp Celular era a responsável.

Outro fator de relevante importância eram as características dos equipamentos e materiais usados – tudo de primeira. O que havia de melhor na indústria de telecomunicações eram pensados pelos investidores. Pesquisa, inovação e qualidade eram prioridade nas empresas.

Hoje assistimos a qualidade do sistema em queda livre por diversas razões. As condições dos equipamentos terminais bem como na infraestrutura das redes não é mais de primeira categoria. O preço das tarifas diminuiu juntamente com a qualidade do serviço.

Muitas empresas hoje oferecem até “Tarifa Zero”, só que a qualidade literalmente é zero. Na internet as operadoras garantem apenas 20% da capacidade da banda larga vendida. Adianta pagar pouco e o serviço ser péssimo? Sinceramente, como consumidores, não é isso que esperamos.

Desejamos ser tratados com respeito e pagar um preço justo por um serviço de qualidade. Só isso. Simples, não? Esperamos que a Anatel cumpra o papel de fiscalizar as operadoras para que possamos ter uma comunicação eficaz. Em caso negativo, a aplicação de multas para as concessionárias que lesarem o consumidor é uma boa saída.

Dane Avanzi é advogado especializado em telecomunicações e gerente de marketing do Grupo Avanzi, consultoria especializada em radiocomunicação.

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1 comentário

Bruno 20 de novembro de 2012 - 12:50

Na internet as operadoras garantem apenas 20% da capacidade da banda larga vendida. Adianta pagar pouco e o serviço ser péssimo?

Foi piada a parte de pagar pouco por um serviço péssimo não foi?
pagar R$129,00 reais por 10Mbps pela internet com limite de franquia de 80GB e 20% da velocidade contratada garantida e tirando trafic shaping. Só pode ser piada o pagar pouco.
O pior é que este serviço é atualmente de grande importância para muitos trabalhadores.
Acontece que vc fica entre não possuir tal serviço do qual necessita ou ter um cocô para quebrar o ganho e pagando os olhos da cara e esta ultima é a unica solução. E ainda possuímos um órgão fictício chamado anatel que não nos protege de empresas que nos extorquem.

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