A psicóloga e diretora de carreira, Neiva Gonçalves, e a psicóloga e consultora de especializada em desenvolvimento humano, Rosana Gammaro, são unânimes quanto a uma questão: filho não impede ninguém de chegar aonde se deseja profissionalmente. Para mulheres de todo o mundo o questionamento entre tornar-se mãe e conciliar a carreira é um grande desafio. No entanto, a maternidade vem acompanhada de preconceitos relacionados a despesas para a empresa e/ou falta de foco. “Ainda há muito preconceito. E não só nos cargos mais baixos ou operacionais, mesmo em posições de alto escalão vemos isso acontecer. Trata-se de mais um paradigma a ser superado”, relata Neiva que atua na área de carreira há mais de 17 anos e é fundadora da Success People — empresa de desenvolvimento pessoal e gestão de pessoas situada em São Paulo. Muitas profissionais precisam ter determinação e foco para enfrentar a maternidade e evoluir na carreira, Rosana Gammaro recorda um momento na carreira onde enfrentou o preconceito: “Minha história como mãe e profissional sempre foi desafiadora, olhava lição enquanto cozinhava. Lembro de uma entrevista de emprego onde fui indagada se eu tinha filhos, falei baixinho três, o entrevistador arregalou os olhos e perguntou as idades: 1, 2 e 4 anos. Ele disse que eu não aguentaria e minha resposta foi: este é um problema meu, garanto que darei conta. Fui contratada e ao mesmo tempo a vida me desafiou, estava há um mês trabalhando e os três pequenos pegaram catapora. Trabalhei 15 dias sem praticamente dormir. Venci e depois tudo foi mais fácil”. Rosana atua há mais de 40 anos na área de Recursos Humanos e atualmente é consultora de carreira na Success People.
A milionária empresa americana The Wing tem como sua CEO e fundadora Audrey Gelman que foi a primeira mulher a ser capa de uma revista de negócios, exaltando sua gestação, quebrando um enorme tabu referente a trabalho e maternidade: “Sinto-me honrada em estar na edição da revista INC Founders e como CEO estar visivelmente grávida na capa de uma revista de negócios”, declarou Audrey.
No Brasil, 72% das pesquisadoras mães não dividem igualmente os cuidados dos filhos com os pais. O dado é de uma pesquisa recente que avalia o impacto da maternidade na carreira científica das pesquisadoras brasileiras, segundo a Fundação Getúlio Vargas, 48% das mulheres são demitidas após o retorno ao trabalho da licença maternidade, sendo o desligamento sem justa causa. O número é alarmante. O medo da demissão faz com que a maternidade seja adiada.
Empresas do futuro acreditam na qualidade do trabalho e se apoiam nos resultados ignorando se o trabalho está sendo realizado por homens ou mulheres, casados ou que possuem filhos. Quando um profissional é valorizado, reconhece e respeita esforçando-se na superação individual. O grande desafio durante a maternidade está em conciliar e aceitar o momento que as prioridades chegam, seja para o trabalho ou para os filhos. Trata-se de administrar, realizar cronogramas para gerenciar o tempo e isso sem dúvida só acrescenta no currículo. “A autogestão deve existir para qualquer ser humano em qualquer cargo que ele exerça”, acrescenta Neiva.
É importante entender que este gerenciamento também se aplica aos pais, já que o compartilhamento do cuidado com os filhos e a presença paterna é fundamental para o crescimento do indivíduo. A legislação diz que os pais devem compartilhar a tarefa, atribuindo ao emocional dos profissionais, o fortalecimento da estrutura familiar e o desenvolvimento da sociedade como a principal motivação para uma mudança social e cultural.
Para especialistas a maternidade contribui no desenvolvimento da mulher. Muitas profissionais ao tornarem-se mães adquiriram novas habilidades e aprimoraram capacidades melhorando o seu desempenho. Uma pesquisa recente demonstrou que líderes que são mães obtém melhores resultados. Ser mãe exige a capacidade de raciocínio rápido e busca de soluções práticas e efetivas. “Na tomada de decisão quando se é mãe, tem de ser realmente ágil e sem a permissão para o erro”, comenta ainda Neiva que é mãe de Luca de 5 anos. “Ter filho é ter coragem, exige muito de qualquer pessoa. Esta força nunca será ignorada por uma empresa que visa solidez, temos este exemplo no quadro de funcionárias de empresas fortes e resistentes no mercado”.
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