Começou segunda-feira, dia 5 de abril, a edição on-line do Creative Film Finance Forum, que conta este ano com 29 mesas de discussão de mercado econômico criativo.
O evento é voltado ao mercado audiovisual e da economia criativa, envolvendo TV, Games e Novas Mídias. Na abertura do evento, no dia 5 de abril, a produtora Lucy Barreto abriu a programação às 18 horas.
Lucy Barreto, produtora de memoráveis filmes como: “Terra em Transe”, de Glauber Rocha, “Bye Bye Brazil” de Cacá Diegues, “Memórias do Cárcere” de Nelson Pereira dos Santos, “Dona Flor e seus dois maridos”, “O que é isto companheiro?” de seu filho Bruno Barreto, e “O quatrilho”, de seu outro filho Fabio Barreto, abre o evento falando sobre sua carreira e as decisões que a levaram a ser uma das produtoras mais bem-sucedidas do cenário audiovisual brasileiro.
O evento segue até o dia 9 de abril com diversas mesas de discussão sobre o mercado da economia criativa brasileiro. Com a presença de representantes da Secretaria de Cultura de SP, Secretaria do Audiovisual, SPCine, Bravi, Siaesp, Proac, Mulheres do Audiovisual do Brasil, Projeto Paradiso, Apan, ICine, e diversos players de mercado.
No segundo dia de programação do Fórum, o evento é focado em políticas de mercado.
A mesa: “Cinema Paulista” com a presença de Flavia Gonzaga (SPCine), Mauro Garcia (Bravi), Paulo Schmidt (Siaesp), e Lilian Solá Santiago (ICine), discutirá as diversas configurações e pluralidade que compõem o cinema realizado no estado de São Paulo.
Na mesa: “Proac”, Natália Cunha, da Secretaria de Cultura e Economia Criativa de SP, traçou um panorama sobre o cenário da cultura no estado de São Paulo e as linhas de fomento do Proac SP.
No terceiro dia, o foco do evento é discutir sobre produções e projetos. Na mesa: “Formatação de Projetos”, Reginaldo Menegazzo (Produção Cultural), Rose Meusburger (Elaborando Projetos), e Larissa Biasoli (Sorella), discutirão os desafios de se construir uma obra artística que passa primeiramente pelos ajustes burocráticos da formatação de projeto.
Na sequência, o advogado Nichollas Allem, e Stephen Phill (Instituto de Cinema) discutem na mesa: “Leis de Incentivo”, os processos públicos que garantem a produção de cultura no país.
Na mesa: “Produção Executiva”, a produtora Érica de Freitas (Encantamento Filmes), e Luiza Favale (Glaz), discutem os desafios da produção executiva e soluções para o setor do audiovisual.
Explanando as perspectivas do setor na mesa: “Horizontes do Audiovisual Brasileiro”, o Diretor de Políticas Audiovisuais da Secretaria Especial de Cultura, o senhor Hélio Ferraz de Oliveira colocará em pauta as movimentações públicas para a criação de fomento e desenvolvimento do setor em âmbito federal.
O quarto dia abre espaço para as novas plataformas, e os novos meios de se produzir e distribuir conteúdo. Fernando Godoy (Flex Interativa), Tiago Moraes (Ovni Studio), Fernando Chamis (Webcore Games), e Marcelo Marcatti (Venturion), discutirão a produção de conteúdo em realidade virtual e aumentada.
Diversas plataformas discutem o mercado de conteúdo na mesa: “Novas Plataformas”. Rafael Ferreira (Todesplay), Licinio Januário (WoloTV), Marcelo Spinassé (Looke), Luciana Damasceno e Daniel Jaber (Cardume), e Vinicius Spindola (Originou), conversam sobre as novas janelas possíveis através do streaming de conteúdo.
E J.P. Sette (Eleven Dragons), Rafael Costa (Monomyto), Leonardo Minozzo (Cafundó Studios), Felipe Marlon (Pushstart), e Cristiano Prazeres (Maximal Studio), discutem sobre games numa mesa destinada ao tema.
E no quinto e último dia do evento, as transformações do mercado e o impacto social marcam o dia em diversas discussões sobre internet, música e artes visuais.
Na mesa: “Mulheres no mercado de Produção Audiovisual”, com Daniela Pfeiffer (Pfeiffer Cultural), Carolina Vargas (Stenna Group), e Noá Bonoba (cineasta), posicionando o lugar da mulher no setor de entretenimento.
Fazem parte do evento, ainda, mesas de “Produção de Conteúdo Audiovisual”, “Fotografia”, “Dublagem”, “Roteiro”, “Produção para Internet”, “Filmes de Terror”, “TV e Novas Mídias”, e mesas especificas de formação como a “Fortalecimento de empresas da economia criativa” e “Linhas de Crédito para negócios audiovisuais”, geridas pelo Sebrae.
A ideia é promover soluções criativas para a crise do setor através da exposição das diversas vozes que estarão presentes no evento.
“Se existe um setor que consegue sobreviver a qualquer crise é o setor que contempla criativos dentro de sua cadeia de produção. Discutir, rever parâmetros, estabelecer novas diretrizes e pensar e economia criativa, vai certamente nos potencializar neste momento de crise”; diz o produtor e idealizador do evento Beto Oliveira.
Em quatro dias de imersão on-line, o CF3, tem o objetivo de fomentar discussões abertas com grandes nomes do setor criativo, as soluções para o fortalecimento do mercado num dos anos mais difíceis para a economia mundial. As atividades podem ser acompanhadas gratuitamente pelo site oficial do evento, pelo YouTube, Facebook, Instagram e Periscope.
O projeto é realizado através de Recursos da Lei Emergencial Federal Aldir Blanc nº 14.017/2020, através do Edital Proac Expresso LAB nº 40/2020 de “Produção e Realização de Festival de Cultura e Economia Criativa com Apresentação Online’. Produzido pela produtora Frame7 Cinema.
Toda a programação pode ser conferida no site do evento: cf3.live
Website: https://www.cf3.live/