Ainda faltam quatro dias para o fim dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, mas já dá para afirmar: Isaquias Queiroz é o grande destaque do Brasil. Afinal, conquistar uma medalha para o país já é algo complicado. Imagine, então, faturar duas. Na manhã desta quinta-feira, o canoísta brasileiro ganhou sua segunda láurea, ao ficar com o bronze na prova do C1 200m, na canoagem velocidade, no Estádio da Lagoa, na Lagoa Rodrigo de Freitas.
O ouro foi do ucraniano Iurii Cheban, e a prata terminou com Valentin Demyanenko, do Azerbaijão.
Após fazer o melhor tempo nas semifinais no dia anterior, Isaquias não decepcionou e correspondeu às expectativas do bom público presente no local. Aliás, o apoio não veio apenas das arquibancadas já que algumas pessoas conseguiram acompanhar as disputas da rua. Até mesmo o Sol resolveu aparecer durante a prova do atleta do Brasil após um início de manhã nublado.
Se poucos dias atrás não eram todas as pessoas que conheciam o canoísta, agora, o difícil é encontrar alguém que nunca ouviu falar dele. Com a medalha, o atleta se tornou apenas o quinto do país a medalhar mais de uma vez em uma única edição de Olimpíada. Antes dele, já tinham conseguido isso: Guilherme Paraense e Afrânio da Costa, no tiro esportivo, em 1920, Gustavo Borges, na natação, em 1996, e César Cielo, também nas piscinas, em 2008.
Aos 22 anos, Isaquias participa dos Jogos Olímpicos pela primeira vez. Apesar da juventude, bem aparente em seu jeito de falar, quando entra na canoa ele muda. O atleta parece não se preocupar com a pressão ou com seus adversários nas demais raias. A naturalidade durante as provas chega a impressionar.
Agora, quem pensa que o canoísta vai curtir os últimos dias da Olimpíada para comemorar suas duas medalhas está enganado. Ele ainda quer mais. A próxima meta é se tornar o maior medalhista do Brasil em uma única Olimpíada. Tal objetivo já tem data para ser alcançado: neste sábado, na prova do C1 1.000m, ao lado de Erlon de Souza.
Fonte: MSN/