Por Daniel Galvão
Há alguns dias a IBM lançou o Watson, uma tecnologia de possibilidades infinitas. Essa é a mais recente evolução da informação e da tecnologia compartilhada. A ferramenta funciona mais ou menos assim: a ideia do Watson é que ele tenha uma certa capacidade de pensar. Ou seja, ele é um supercomputador capaz de entender, raciocinar e responder às mais variadas perguntas realizadas a eles por qualquer usuário (inclusive na sua língua).
O Watson funciona a partir da computação cognitiva, e pode ser alimentado através de APIs que aumentam seus campos de conhecimento. Assim, ele pode ser usado para realizar pesquisas dos mais variados campos profissionais, inclusive auxiliar nas análises de diagnósticos na medicina, podendo comportar muito mais dados a serem cruzados e analisados, do que a mente humana.
Claro que as decisões e ações finais ainda estão nas mãos dos humanos. O que o Watson faz é cruzar dados, analisar possibilidades e trazer essas informações compiladas para a análise do profissional que o estiver usando.
Alguns brasileiros estão usando a ferramenta para organizar casamentos. Já governos estão treinando para ajudar a combater o cybercrime. Como sou um profissional da área de marketing digital, poderia usá-lo para facilitar as análises de dados que recebo diariamente de maneira muito mais ágil e fácil, me dando meios de conhecer melhor a situação e cada cliente em relação a seu público alvo – o que me permitiria traçar estratégias muito mais assertivas e poderosas. O compartilhamento de informações está no seu cerne, já que as APIs podem ser desenvolvidas por profissionais de diversos campos. A alimentação dos dados só depende dos interessados.
Atualmente, a ferramenta está sendo posta à prova através de diversas demonstrações de habilidade, mas a verdade é que ela já está ajudando pessoas a tomarem melhores decisões, realizarem seus trabalhos em escalas muito maiores e, com isso, alimentando o mercado com processos mais complexos, inteligentes e ágeis. Com isso, muito mais informações serão movimentadas. É uma verdadeira evolução social, vinda através de uma invenção tecnológica.
Esse supercomputador é o mais próximo que já chegamos de uma verdadeira inteligência artificial. Entretanto, a realidade é que ele ainda é uma ferramenta poderosa de processamento de dados, que não está apta a tomar decisões, bolar estratégias e direcionar as informações para determinados targets.
O Watson funciona como um ajudante, e que cresce a cada dia, dando a ele o verdadeiro status de precursor da revolução das máquinas. Se um dia chegarmos a uma AI, que seja autônoma e real (como no filme Ex Machina, por exemplo), com certeza lembraremos que o Watson foi seu avô. Foi aqui que tudo começou, com essa ferramenta de possibilidades infinitas.
Daniel Galvão é publicitário especializado em mídias digitais e fundador da Mango Digital.
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